quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O que é o ciúme?



"Eu sinto ciúme quando alguém te abraça,
porque por um segundo essa pessoa
está segurando meu mundo inteiro."

- Caio Fernando Abreu
 
Admito 'eu sinto ciúmes de quem pode passar um dia inteiro ao seu lado...'. Considerado uma das emoções humanas mais potentes o ciúme esconde-se atrás de outras desculpas, mas no fundo, no fundo ninguem consegue disfarçá-lo. Todos nós já sentimos ciúmes numa ou noutra altura das nossas vidas. Dependendo da nossa personalidade, situação e circunstâncias envolventes, o ciúme pode variar em termos de tipo e de grau de intensidade. Embora existam pessoas com mais e menos tendência para serem ciumentas, a verdade é que ninguém lhe escapa.

Definições comuns
Embora os ciúmes sejam quase exclusivamente um sentimento íntimo, apenas partilhado entre o casal, a sua presença no dia-a-dia é altamente mediática, sendo mesmo o tema central de milhares de filmes, livros, músicas e outras manifestações artísticas. O dicionário português da Porto Editora apresenta três definições para a palavra ciúme:

1.“Inveja de alguém que usufrui de uma situação ou de algo que não se possui ou que se desejaria possuir em exclusividade.”
2.“Sentimento de possessividade em relação a algo ou alguém.”
3.“Sentimento gerado pelo desejo de conservar alguém junto de si ou por não conseguir partilhar afectivamente essa pessoa; sentimento gerado pela suspeita da infidelidade de um parceiro.”

Origens escaldantes
A própria palavra “jealous” em inglês tem uma origem curiosa: vem da palavra “jalousie” que é uma derivação da palavra francesa para ciumento – “jaloux”. Esta, por sua vez, está relacionada com a palavra “zelosus” que em latim significa “cheio de zelo”. Se recuarmos mais um pouco, encontramos o termo grego “zelos” que está associado ao conceito de “ferver” ou “fermentar”. No mínimo, curioso…

Sentimentos à flor da pele
O ciúme é sentido por pessoas de todas as idades, os especialistas dizem que até bebês muito novos experimentam esta emoção que, no fundo, pode ser representada por um turbilhão de emoções e exteriorizada através de diversos tipos de comportamentos. Quem sente ciúmes tem, por norma, pensamentos e sentimentos negativos em relação à ameaça de perda de algo que possui e que lhe é muito importante e precioso. Juntamente com a própria emoção que é o ciúme, juntam-se várias outras emoções, igualmente poderosas: medo, ansiedade, incerteza, insegurança, desconfiança, humilhação, tristeza, desgosto, raiva, descontrole, vingança, depressão…

O amor e os ciúmes
Se há algum aspecto da vida em que os ciúmes são mais dominantes é na esfera amorosa. Aliás, um dos temas mais recorrentes em matéria de ciúmes é, sem dúvida, a existência (real ou não) de uma terceira pessoa que ameaça o relacionamento de um casal. Se um dos elementos de determinado casal se sentir ameaçado por alguma coisa ou alguém que possa retirar-lhe a pessoa amada, é aí que os ciúmes falam mais alto.

Embora os ciúmes sejam uma parte integrante e normal da natureza humana e das relações pessoais e profissionais, existem vários tipos de ciúmes, a começar pelos ciúmes inocentes e inofensivos; terminando nos ciúmes obsessivos e até perigosos.

Enquanto algumas pessoas conseguem lidar bem com essa emoção e todas as outras que o ciúme provoca, dificilmente exteriorizando aquilo que sentem; outras não conseguem conter esses ciúmes e precisam de os expressar ao seu companheiro(a), quer em tom de vitimização e protecção, quer em tom acusatório e possessivo.

O ciúme nasce sempre do amor, mas nem sempre morre com ele.” - François de la Rochefoucauld (escritor francês do século XVII)

FONTE

http://ciumes.com/node?page=1