domingo, 27 de dezembro de 2009

A arte de desresolver, de voltar atrás


A Parábola do filho pródigo, em Lucas 15:11-32, ilustra o amor incondicional de Deus e a importância do arrependimento (desresolver).

A história enfatiza a importância do arrependimento genuíno e a disposição de voltar para Deus, independentemente de quão longe tenhamos ido (a resolução tomada anteriormente não era a mais sábia, tão pouco correta).

O pai na parábola demonstra que o perdão é sempre uma opção, não importa o que tenha acontecido.

A recepção calorosa do pai ao filho perdido ilustra o amor incondicional de Deus por todos nós. A parábola do filho pródigo continua a ser uma fonte de reflexão sobre a misericórdia, o perdão e a natureza do amor divino em nossas vidas.

Filho Prodigo - Mattos Nascimento (2009)


A frase "Costumo voltar atrás, sim. Não tenho compromisso com o erro", de Juscelino Kubitschek, traz um pouco do que abaixo detalhou Elben César.

"Aqui está uma coisa que você precisa aprender: a arte de desresolver. A arte de voltar atrás. Isto se aplica apenas aos casos em que a resolução tomada anteriormente não é a mais sábia nem a mais correta. Neste aspecto, a arte de desresolver não tem nada a ver com a falta de perseverança ou de firmeza. Não se trata de capitulação. Nem de retrocesso. Nem de fraqueza. Quando é para reparar o erro, a arte de desresolver é um ato de sabedoria e coragem.

Veja este exemplo extraordinário: ao saber que Maria estava grávida, sem que tivessem ambos coabitado, José resolveu deixá la secretamente. Porém, ao tomar conhecimento de que a concepção dela era sobrenatural, ele fez exatamente o contrário do que havia resolvido: a recebeu como esposa (Mt 1.18 25).

Há muitas resoluções intempestivas, baseadas em raciocínios falazes, frutos de uma cultura oposta ao caráter de Deus e geradas pela pecaminosidade latente do homem. Elas precisam ser revogadas. É exatamente aí que entra a bendita arte de desresolver. Há votos e promessas feitos impensadamente em momentos de desespero que não atingem o alvo e que não agradam a Deus. Eles devem ser anulados.

A arte de desresolver é um dos mais importantes elementos na conversão de um pecador e na evolução de sua santidade pessoal. A conversão nada mais é do que uma desresolução. O filho pródigo da famosa parábola de Jesus desresolveu continuar na lama do pecado e regressou ao lar paterno (Lc 15.11 32).

Inicie se na arte de desresolver. Lembre se de suas mais recentes ou de suas mais antigas resoluções e, se precisar, volte atrás. Talvez você tenha resolvido nunca mais pôr os pés na igreja, talvez você tenha resolvido abandonar o cônjuge, talvez você tenha resolvido vingar se de alguém, talvez você tenha resolvido entregar se às aventuras da carne, talvez você tenha resolvido brigar com Deus, talvez você tenha resolvido jogar fora toda a herança cristã imposta ou adquirida até agora. Use a arte de desresolver para proteger se do tédio, do vazio, da vaidade, da loucura, da dor, do remorso, do desespero, do suicídio, da morte e da morte eterna".


"Primeiro Amor" - Rebanhão (1988)


"Restitui" - Ministério Apascentar de Nova Iguaçu (2003)
DVD - 20 anos (2023)

Elben César - Elben Magalhães Lenz César, foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.

Receita de Ano Novo

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Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)


Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um ano novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Feliz Ano Novo!


Sinto imensa ansiedade em me comunicar.
Minha voz interna nunca se cala e mesmo
quando silencia, Ainda assim quer falar.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Biografia



Estou escrevendo minha história e me vejo atolada em virgulas,
exclamações, interrogações...
Sou por vezes pensamentos ilimitados,
emoções e reações contidas.
Vivo a espera de algo que assim que surge sinto que não mereço
ou que o tempo certo já se foi.
E a vida passa...
E os momentos acumulados pouco a pouco
como papéis esquecidos numa gaveta
perdem seu "prazo de validade".
Nada arrisco.
Vou apenas adiando alguns capítulos por tempo indeterminado
ou até que a vida se encarregue de decidir por mim de me ACORDAR!
Hoje me pus a refletir e decidi ignorar as coisas mornas,
as coisas definidas como mais ou menos...
Tudo perca de tempo.
Viver tem que ser revolucionário.
O que não me faz mover um músculo, estremecer, suar, sorrir,
lembrar, chorar, amar, não merece fazer parte da minha biografia.
Meus sentidos despertaram e procurei dar a continuidade
que toda biografia exige: começo(amo os começos),
meio (aqui é que a história acontece) e fim
(antes do fim ainda existem muitos recomeços
ou viro a página ou parto pr'o começo)...
Então, percebo o quanto poderia ter evitado. E o quanto perdi...
Sou assim:
Eu me surpreendo com a vida
e me sinto fragilizada diante da doença e da morte.
Gosto de dias de sol, pois assim não tenho que lidar com o frio,
ventanias ou tempestades...
Gosto de café sem açucar, é muito mais saboroso...
Gosto do entardecer e do amanhecer...
pelo quadro lindo que se forma no céu.
Passam dias, meses e anos
e eu ainda me espanto com a falta de amor
e ainda não consegui desvendar porque é tão difícil gostar
e se deixar gostar...
Sei o quanto é difícil recomeçar por isso não esqueço
que a cada dia as coisas se renovam, e tudo pode ser diferente...
Gosto de música, cinema, poesia.
Chorei lendo "Um Ano Inesquecível", de Nicholas Sparks.
Amei assistir "A Vida é Bela, de Roberto Benigni;
If only (Antes que termine o dia), de Gil Junger...
Sou meio antiquada e meio moderna quando se trata de família.
Ver que algumas fases da minha vida escorreram
'como areia em minhas mãos', ainda me incomoda.
Trabalho com os meus amigos
e gosto de cada um de um modo diferente,
pois cada um tem a sua identidade o que o torna especial pra mim.
Tenho a facilidade para sonhar de olhos abertos
Gosto de fantasiar dias perfeitos,
"é bem simplesinho"
mesmo sabendo que muitos destes dias serão sempre uma fantasia
um sonho bom, mas impossível...
aproveito as emoções que eles trazem
e que me fazem feliz por nada ou quase tudo.
Eu sou alguém que quando a noite encosta a porta
e o sol desperta a cidade ainda tenho mais perguntas que respostas...
{Elizabeth Nogueira}

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Desfrutando a Paz em Sua Presença



O livro devocional diário, Jesus Calling: Enjoying Peace in His Presence (ou Na Presença do Pai: Desfrutando a Paz em Sua Presença), de Sarah Young, oferece uma jornada de 365 dias para ajudar os leitores a encontrar paz e descanso na presença de Deus.

Sinopse e Principais Temas:

Busca por Intimidade: Após anos escrevendo orações em seu diário pessoal, a missionária Sarah Young sentiu o desejo de aprofundar sua conexão com Deus. Ela decidiu, então, "ouvir" a voz de Jesus e anotar o que acreditava que Ele estava lhe dizendo, em um formato de comunicação direta e pessoal.

Formato Devocional: O livro é estruturado como um devocional para ser lido em pequenas porções diárias. Cada entrada é escrita em primeira pessoa, como se o próprio Jesus estivesse falando diretamente com o leitor, oferecendo mensagens de conforto, esperança e encorajamento.

Temas Centrais: 
  • Confiança em Deus em meio a medos e ansiedades.
  • A importância do descanso espiritual e da quietude na presença do Senhor.
  • A onipresença e o amor incondicional de Jesus.
  • Encontrar contentamento e propósito na orientação divina, em vez de buscar o controle próprio.
Base Bíblica: Embora o texto principal seja apresentado como mensagens recebidas por Young, cada devocional é acompanhado por referências e citações das Escrituras, permitindo ao leitor aprofundar-se na Palavra de Deus.

O objetivo principal do livro é incentivar os leitores a se aproximarem de Deus de uma maneira mais íntima e a experimentar a paz real que, segundo a autora, só pode ser encontrada em Sua presença diária.

Criador do Mundo - Daniela Araujo