segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

No Amor e na Amizade...

 
 
"Errar é humano,
mas quando a borracha se gasta
mais do que o lápis,
você está positivamente
exagerando".
J. Jenkis

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Captei, Captei a vossa mensagem, Aline



Hoje conheci no Programa Ana Maria Braga a carioca ALINE MATOS. Foi inevitável não pensar se algum "olheiro do humor" estava acordado, observando esta mulher e tendo a mesma sensação que eu. Ela é um achado... e tem potencial como a new face do humor. Ela faz rir sem lançar mão de acessórios, cenários, caracterização, personagem ou recurso teatral. Qualidades à parte, reconheço a Aline tem defeitos insuportáveis (como a maioria das pessoas) e se ingressar, ainda mais, pelo mundo da mídia vai precisar ser lapidada, mas a essência de humorista está toda ali.

Li em algum lugar que "fazer palhaçada" não está nos planos de Aline, mas que ela leva jeito, isso leva.

O humor é realmente algo interessante. Este ano a Universidade Federal do Rio Grande do Sul apresentou como proposta de redação do vestibular/2013, o tema: “O Papel e os Limites do Humor na Sociedade” requerendo dos estudantes que observassem as manifestações de humor cada vez mais comuns nos meios de comunicação, na internet, nas casas de teatro, e em tantas outras situações, responsáveis por gerar na sociedade as reações mais diversas.

E para servir de subsídio à construção do texto, foi fornecido aos vestibulandos um trecho extraído do livro "O Riso. Ensaio sobre o significado do cômico" - (Le Rire. Essai sur la signification du comique), uma reunião de três artigos publicados por Henri Bergson, em 1899, e que constituem um verdadeiro tratado sobre o humor.

A proposta da redação foi provocar a análise das várias vertentes que contemplam o tema, observando se as expressões de humor de jornalistas, escritores e comediantes, que repousam sob o manto da liberdade de expressão, não estariam, contudo, aproveitando-se do exercício desse direito para cometer excessos. Questionou-se também se seria possível provocar o riso sem incomodar, já que o humor se constrói a partir de um olhar crítico sobre o comportamento humano.

É um tema conflitante, não é mesmo?! O que é humor a uma pessoa pode não ser para a outra. Contudo, é unanime o sucesso de Laurel and Hardy (O Gordo e o Magro) uma das duplas cômicas mais populares do cinema; do comediante Jerry Lewis, Rowan Atkinson (Mr. Bean) e tantos outros, como Renato Aragão, Dedé Santana, Zacarias, Mussum, Jô Soares, Gordurinha, Ary Toledo, Ronald Golias, Chico Anysio, Ton Cavalcante, Leandro Hassum, Marcius Melhem, Rony Rios, Bruno Motta de Lima.

Eu não tenho paciência pra assistir a maioria dos programas de humor da atualidade, troco de canal, e se não tiver alternativa desligo a TV, mesmo. Os esteriótipos (negativos) neles apresentados exaustivamente, suscitam cada vez mais o preconceito e a discriminação... e isso não é engraçado (de onde tiraram a ideia que humor é isso?! que bullying é divertido?!)... na verdade falta humor, e quero acreditar que tais personagens não representam nenhuma tendência sociocultural, porque além de apresentarem textos apelativos, sexistas e até racistas, de uma criatividade mediocre incontestável, não oferecem comicidade alguma, são apenas trágicos.

Sei que o humor não é uma via de mão única e a personalidade do outro (daquele que ri ou não) conta muito. Então, num primeiro momento o jeito da Aline me causou rejeição. Ela fala alto. Atropela limites... (se é que ela respeite algum rsrsrsrs) a Aline é naturalmente exagerada. Fala o que quer sem ficar censurando palavras, gestos, caras e bocas. É divertida até quando pretende falar sério. Deu o seu recado. E diante da máxima: "Se você não sabe brincar não desce pro play", que Aline disparou de forma inusitada (ela estava discutindo, tensa e ao mesmo tempo querendo ser engraçada?!), Rolando Lero (Rogério Cardoso) da Escolinha do Professor Raimundo, diria: "Captei! Captei a vossa mensagem!"
 

Você sabia??!!
 
A Escolinha do Professor Raimundo foi criada pelo humorista, jornalista e compositor Haroldo Barbosa, em 1952. Apresentada pela Rádio Mayrink Veiga, a sala de aula do professor Raimundo Nonato (Chico Anysio) era o cenário para as piadas de três alunos: o sabido, interpretado por Afrânio Rodrigues, o burro, papel de João Fernandes, e um esperto, Zé Trindade. Mais tarde, eles ganhariam a companhia de um mineiro desconfiado, vivido por Antônio Carlos Pires. Com o sucesso na rádio, a Escolinha ganhou sua versão televisiva em 1957, mas apenas em 1990 o quadro foi transformado em programa – ideia do próprio Chico Anysio. O humorístico foi exibido pela TV Globo até o ano 2000.