terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vida de Verdade


Eu também faço parte do 'rol' daqueles que por vezes saem caminhando e cantando. E seguindo a canção..., mas que depois param dias, meses e anos para 'ver a banda passar', e que não mais que de repente se encasula para refazer planos, sonhos. Repensar a vida e renascer...

"Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.

Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria.

Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade. Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.

A felicidade é o caminho! Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém.

Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade; até que você volte para a faculdade; até que você perca 5 quilos; até que você ganhe 5 quilos; até que você tenha tido filhos; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case; até que você se divorcie; até sexta à noite; até segunda de manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova; até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos; até o próximo verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado; até que a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até que você esteja sóbrio de novo; até que você morra...

E decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO...


Alfred Henfil

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ano da França no Brasil

De 21 de abril a 15 de novembro de 2009, brasileiros e franceses irão celebrar o Ano da França no Brasil. Como parte das relações bilaterais entre os dois países, o França.Br 2009 levará a todas as regiões brasileiras uma série de atrações artísticas e culturais, além de debates e atividades nas diversas áreas do conhecimento, da economia e da tecnologia, a fim de mostrar aos brasileiros as diversas facetas da França contemporânea e ampliar as oportunidades de intercâmbio entre os dois países. Os eventos atingirão todos os públicos e todas as regiões do Brasil.


Ouvi a música "Ilha Magnética" de César Nascimento, interpretada pelas cantoras Carol e Ana Tereza e achei que a canção combina com as comemorações da França no Brasil, principalmente, por conta da peculiaridade de São Luís/MA ter sido a única capital brasileira fundada por franceses...

No Palcomp3 está mais audível e ainda tem a interação perfeita com o Poema: Canção sem Rima para ilha/Poeta Maranhense, Carlos Cunha. No YouTube:



Ilha Magnética
Compositor: César Nascimento
Interprétes: Carol e Ana Tereza

Oh! Que horizonte belo
De se refletir
Outro dia me disseram
Que o amor nasceu aqui
Saio detrás do sol
Com um jeito de guri
Tanto o novo como o leve
O amor nasceu aqui
Ponta d'Areia, Olho d'Agua e Araçagi
Eu sempre vou ouvir
A natureza me falando
Que o amor nasceu aqui
Oh que ilha inexata
Quando toca o coração
Eu te tocos
E tu me tocas
Cá nas cordas do violão
E se um dia eu for embora
Pra bem longe desse chão
Eu jamais te esquecerei
São Luís do Maranhão

Poema: Canção sem rima para ilha/Poeta Maranhense, Carlos Cunha

Sou velha e moça ao mesmo tempo,
pois nasci ontem e continuo hoje tão bela como uma estrela.
Fui descoberta por portugueses,
franceses dominaram meu coração
e hoje pertenço integralmente a brasileiros.
Canhões antigos cantam hinos de glória nas minhas praias
mescladas de cinza e azul.
As minhas igrejas entoam hosanas seculares
e dos meus musgos escorrem aleluias de um passado
que será perpétuo e que será perene.
Ainda há nas minhas
ruas a musicalidade dos bondes,
arrastados por burricos sonolentos e tardos.
Nas noites de lua cheia passeiam lendas pelas minhas calçadas,
subindo e descendo as minhas ladeiras.
Eu sou o passado em harmonia com o presente.
Eu sou a tradição em luta com os costumes modernos.
Eu sou o país dos azulejos, a catedral dos vitrais,
a cidade dos sonhos, o reinado da poesia.
Eu me chamo São Luís.


***

O Ano da França no Brasil – França.Br 2009 – tem como objetivo principal fortalecer a parceria estratégica entre os dois países e ocorre em reciprocidade ao Ano do Brasil na França – Brésil Brésis, realizado em 2005. Com resultados surpreendentes, o evento mobilizou mais de 15 milhões de pessoas, com centenas de atrações realizadas em todo o território francês, que trouxeram impactos diretos não só para o intercâmbio cultural, mas também para as trocas comerciais entre os dois países.

Na ocasião, registrou-se aumento de três vezes no volume de negócios entre França e Brasil (quando comparado ao ano anterior, 2004), o que correspondeu a cerca de US$ 450 milhões de produtos brasileiros importados pela França em 2005. O governo francês registrou um crescimento de 27% no movimento de turistas franceses no Brasil, além do crescimento de 20% nas matrículas nos cursos de português na França.

“Com o França.Br 2009, pretendemos estimular esses impactos para que não só a cultura venha a ganhar, mas o país como um todo, com resultados importantes em sua economia e nas diversas dimensões de intercâmbio que venhamos efetivar”, afirma o ministro da Cultura, Gilberto Gil.

Angélique Kidjo
Angélique Kidjo é uma das grandes vozes da África e uma porta-voz de causas humanitárias, cuja obra é marcada pela diversidade cultural, se apresentou em São Luis do Maranhão, Rio de Janeiro e Brasília, em turnê parte das comemorações do Ano da França no Brasil.

No dia 8 de setembro/2009, a cidade de São Luís do Maranhão, a única capital brasileira fundada por franceses, completou 397 anos e concentrou a comemoração na Praça Maria Aragão, em um evento que reuniu cerca de oito mil pessoas para ouvir Angélique Kidjo. O show abriu a turnê da cantora beninense no Brasil, que integra o calendário oficial do Ano da França no Brasil. O público estava empolgado e percebeu logo que a cantora subiu ao palco a conexão musical entre a França, a África e o Brasil.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pátria, de Pedro Bruno


A Pátria é um dos quadros históricos mais famosos do Brasil

"A PÁTRIA" - Quadro a óleo de Pedro Bruno - Acervo do Museu da República, Rio de Janeiro; e ilustra muitos livros escolares.

A riqueza de detalhes e o fiel retrato da época contribuem para a importância da obra. A recente proclamação da República inspirava e orgulhava os cidadãos brasileiros e os levava a sonhar com um futuro glorioso para a sua nação.

A arte apresenta mães trabalhando e cuidando de seus filhos em um ambiente familiar dedicadas à confecção de uma bandeira nacional. Um bebê brinca com uma estrela ainda por ser costurada à bandeira enquanto outra criança abraça carinhosamente parte da bandeira simbolizando carinho e o futuro do país.

Já as mulheres representam as mães que exerciam o trabalho de cuidar dos filhos, da casa e ainda auxiliavam no orçamento doméstico com serviços de costura. A tela retrata uma época em que as mulheres ainda nem sonhavam em trabalhar fora.

Com talento também para a poesia, o próprio artista expressou seu objetivo ao pintar a tela. "Eu quis cantar um hino às mães do Brasil; quis prostrar-me aos pés de todas as mães desta terra, cujo leite fecundo é a seiva divina que, alimentando vidas, cria povos construindo pátrias."

Pintor internacionalmente respeitado, o seu famoso quadro, A Pátria, figura no verso da nota de duzentos mil cruzeiros do antigo dinheiro brasileiro e no cartão telefônico da série Museus emitido pela Telebrás em 1996.

Pedro Bruno - o poeta da cor, das árvores e dos pássaros
Pedro Bruno é um capitulo especial na história dos personagens ilustres da Ilha de Paquetá, pois de todos, foi o seu maior expoente. Em tempo algum, jamais alguém fez tanto bem pelo lugar quanto este eterno benfeitor.

Pedro Paulo Bruno, seu nome completo, nasceu na Ilha de Paquetá a 14 de outubro de 1888. Desde menino (com 7 anos de idade) seu brilhante espírito manifestou interesse pelas artes. Gostava de poesia, música e canto lírico, desenho e pintura, escultura, enfim, tudo que era expressão de belo do gênio humano e da Natureza. Dotado de uma sensibilidade artística comparável a dos maiores artistas da história universal, Pedro Bruno também tinha um outro dom que o dignificava: a imensa bondade de seu coração.

Amava tanto a Ilha de Paquetá que a ela dedicou todos os dias de sua vida. Fascinavam-no a natureza exuberante do lugar, suas lendas, suas gentes, seus costumes. Aproveitava todos os momentos para identificar a Mão de Deus quando criou esta Ilha, nos detalhes das flores, no canto dos pássaros, no som das ondas do mar, nas cores da aurora e do crepúsculo, nas matas, nas pedras que circundam a orla paquetaense.

Os pais de Pedro Bruno incentivavam o gênio artístico do filho. Naquela época havia em Paquetá um pintor de nacionalidade italiana cuja maestria na arte de óleo sobre tela o jovem Pedro muito admirava. Castagneto era seu nome. Aproveitando a oportunidade que diariamente o Pintor comparecia ao bar de propriedade de seus pais, Pedro estabeleceu relacionamento com o Pintor e logo oferecia-se para carregar sua paleta, pincéis e cavalete até o lugar onde Castagneto iria pintar e ali ficava a apreciar a técnica da pintura do artista. Logo foi seu discípulo.

Foi com muita emoção que, certo dia, recebeu de presente de seu pai a sua primeira paleta, um jogo de tintas e pincéis e uma tela em branco. Assim, Bruno e Castagneto enchiam cantis com água fresca, levavam merenda e passavam as manhãs a pintar em algum ponto da Ilha.

Assim foi crescendo Pedro Bruno. Como se tivesse sido tocado pelas Musas, queria dar expansão a todo o potencial da genialidade que lhe ebulia na alma, manifestando habilidade para outras artes. Para ele, Paquetá era um Jardim criado por Deus e sentia em si mesmo a missão divina de conservá-lo, embelezá-lo, protegê-lo.

A questão da Preservação Ambiental era por ele tratada com muito mais profundidade do que jamais alguém o fez.Era assunto da mais alta prioridade. Abarcava aspectos não somente no âmbito de florestas e animais, mas também de conservar, aprimorar e enaltecer o ambiente intelectual e artístico do povo paquetaense, como um legado às gerações futuras.

Casou-se com D. Maria Helena Vieira Bruno. O casal teve quatro filhos, Magda, Lia, Hélio e Fábio (este último já falecido) que de seu pai herdaram a imensa bondade do coração e o amor pela Ilha de Paquetá.

Pintor internacionalmente respeitado até o dia de hoje - um de seus famosos quadros, PÁTRIA, figura no verso da nota de duzentos mil cruzeiros do antigo dinheiro brasileiro - deixou-nos mais de 146 obras de pintura de óleo sobre tela.

Fontes:
MEMORIAL