Tudo se resume a forma de distribuição do alimento.
Em Mateus 14:13-22 - o evento da Multiplicação dos Pães e Peixes ocorreu após a morte de João Batista, quando Jesus se retirou para um lugar deserto. Uma grande multidão o seguiu, e Jesus, com compaixão, curou os enfermos. Os discípulos sugeriram que a multidão fosse dispensada para comprar comida, pois o local era deserto e a hora já era avançada.
Jesus instruiu os discípulos a alimentar a multidão. Foi relatado que havia apenas 5 pães e 2 peixes.
Jesus ordenou que a multidão se sentasse na grama. E, tomando os 5 pães e 2 peixes, olhou para o céu, deu graças e os partiu. Os pães e peixes foram distribuídos aos discípulos, que os entregaram à multidão. Todos comeram e ficaram satisfeitos. Foram recolhidos 12 cestos cheios de pedaços que sobraram.
Na Bíblia, o número 12 simboliza totalidade, ordem divina, governo e plenitude. Aproximadamente 5 mil homens foram alimentados, sem contar mulheres e crianças.
O evangelho de Mateus (1ª - Mt. 14:13-22; 2ª - Mt. 15:32-39) e Marcos relatam as duas multiplicações de pães e peixes. No primeiro relato em Marcos 6:30-44, foram 5 pães e 2 peixes, para 5.000 pessoas. A multidão foi organizada, sentada em 100 grupos de 50. Todas se saciaram, e sobraram 12 cestos cheios de pedaços. No segundo relato em Marcos 8:1-9, foram 7 pães e alguns peixes, para 4.000 pessoas. Todas se saciaram e sobraram 7 cestos cheios de pedaços.
O Evangelho de Marcos relata duas multiplicações de pães e peixes: a primeira em Marcos 6:30-44, com 5 pães e 2 peixes para 5.000 homens, e a segunda em Marcos 8:1-9, com 7 pães e alguns peixes para 4.000 homens, ambas mostrando a provisão de Jesus para multidões com poucos recursos, culminando em sobras significativas. Todos comeram até se fartar e ainda sobraram doze cestos de comida, demonstrando sua compaixão, poder e provisão divina. Em um contexto de um novo êxodo, um sinal messiânico.
1. A Primeira Multiplicação (Marcos 6:30-44): Jesus e os discípulos estavam em um lugar deserto, e uma grande multidão os seguiu. Jesus teve compaixão e começou a ensiná-los. A multidão estava faminta e Jesus utilizou 5 pães e 2 peixes para alimentar cerca de 5.000 homens, e sobraram 12 cestos cheios de pedaços.
2. A Segunda Multiplicação (Marcos 8:1-9): Outra grande multidão estava com Jesus por três dias, e eles não tinham o que comer. Jesus, compadecido, perguntou aos discípulos quantos pães tinham. E, eles lhe responderam: 7 pães e alguns peixinhos. Alimentaram cerca de 4.000 homens, e sobraram 7 cestos cheios de pedaços.
Ambos os eventos são milagres de provisão, com Marcos destacando a compaixão de Jesus e a capacidade de Ele suprir a necessidade das pessoas, mesmo com poucos recursos.
A multiplicação dos pães e peixes em Lucas 9:10-17 descreve o milagre de Jesus que utilizando apenas cinco pães e dois peixes, alimentou uma multidão de cerca de 5.000 homens, com sobras, mostrando a provisão divina e a importância de compartilhar, sendo um evento chave no ministério de Jesus que antecede sua revelação como o Cristo.
Demonstrou que Deus pode multiplicar o pouco que temos quando o colocamos em Suas mãos, suprindo as necessidades. Ensinou sobre a generosidade e a partilha, mostrando que o que é oferecido a Deus pode abençoar muitos. É um dos milagres mais significativos de Jesus, um sinal público de Sua autoridade e poder como Messias.
Lucas 9:14-15, relata que na alimentação das cinco mil pessoas, a multidão foi organizada, sentada em grupos de 50 em 50, para que todas as pessoas fossem servidas e alimentadas, evitando que as mesmas pessoas fossem servidas diversas vezes, enquanto outras ficassem aguardando, com fome.
Imagino a expectativa das pessoas tanto na primeira quanto na segunda multiplicação de pães e peixes, no deserto. Cada discípulo com um cesto fazendo a distribuição aos grupos. As fileiras do primeiro grupo recebendo o alimento. Do segundo, terceiro. E me questiono: e as pessoas famintas "das fileiras de trás" de cada grupo? A resposta é: - Esperaram.
Tudo se resume a forma de distribuição do alimento.
O texto bíblico em si (Mateus 14, Marcos 6, Lucas 9 e João 6) foca em como a multidão foi organizada em 100 grupos de cinquenta, para a distribuição eficiente do alimento.
A ideia das "fileiras de trás" é usada para extrair lições morais e espirituais, quanto a inclusão e acessibilidade. Ao ordenar que se sentassem em grupo, Jesus garantiu que todos fossem alcançados, não apenas aqueles na frente que podiam vê-lo ou ouvi-lo facilmente. Simbolizando que a provisão e a palavra de Deus são para todos, sem exceção.
A organização em grupos mostra a ordem no trabalho de Deus. Mesmo em meio a uma grande multidão e uma necessidade imensa de alimento, visto que as pessoas estavam famintas, a distribuição foi feita de forma organizada, garantindo que ninguém ficasse sem receber o alimento.
O milagre demonstrou a compaixão de Jesus, que não queria que ninguém se sentisse mal, enfraquecido, ou mesmo que desmaiasse de fome no caminho de volta, mostrando o cuidado de Jesus com a multidão e na organização da distribuição do alimento de modo que recebesse pão e peixe até os mais afastados do grupo da frente.
Os discípulos foram os intermediários na distribuição, ilustrando a missão dos seguidores de Jesus em levar o "pão da vida" para todas as pessoas, mesmo para aquelas nas "fileiras de trás" da sociedade ou da fé, um lembrete de que a graça e a provisão de Jesus são suficientes e acessíveis para toda a humanidade, independentemente de sua posição ou aparente proximidade.
A multiplicação dos pães e peixes em João 6:1-15 - é o milagre de Jesus, que com cinco pães de cevada e dois peixinhos, alimentou uma multidão de cerca de cinco mil homens (além de mulheres e crianças), mostrando seu poder de suprir necessidades e simbolizando-o como o Pão da Vida.
Após saciar a todos, foi recolhido 12 cestos de sobras, reforçando a ideia de fartura e a vinda do Messias, o que leva a multidão a querer proclamá-lo rei, mas Jesus se retira.
No evento Jesus estava na margem do Mar da Galileia, quando uma grande multidão o seguiu, e a Páscoa estava próxima, gerando expectativa messiânica.
Jesus pergunta a Filipe onde comprar pão para a multidão, testando-o. Filipe calcula que nem 200 denários (muito dinheiro) bastariam. André apresenta um menino com cinco pães e dois peixes. Jesus ordena que as pessoas se sentem na grama.
Jesus tomando os pães e peixes, deu graças, os partiu e os distribuiu aos discípulos para alimentar a multidão. Todos comeram à vontade e se saciaram. Os discípulos recolheram 12 cestos cheios de pedaços que sobraram, provando a abundância. Eles reconhecem Jesus como o profeta esperado, mas, querendo fazê-lo rei, Jesus se afasta.
A multiplicação demonstra o poder de Jesus em multiplicar o pouco que se tem para suprir grandes necessidades, ensinando sobre fé e provisão divina, segundo João 6:9-13 (NTLH).
⁹ Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isto para tantos? ¹⁰ E disse Jesus: Mandai assentar os homens. E havia muita relva naquele lugar. Assentaram-se, pois, os homens em número de quase cinco mil. ¹¹ E Jesus tomou os pães e, havendo dado graças, repartiu-os pelos discípulos, e os discípulos pelos que estavam assentados; e igualmente também dos peixes, quanto eles queriam. ¹² E, quando estavam saciados, disse aos seus discípulos: Recolhei os pedaços que sobejaram, para que nada se perca. ¹³ Recolheram-nos, pois, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobejaram aos que haviam comido.
Jesus como Pão da Vida: O milagre aponta para o discurso posterior de Jesus, onde ele se declara o verdadeiro Pão que desceu do céu, garantindo vida eterna para quem crê, uma provisão muito maior que o maná no deserto.
No Início da Igreja (Atos 2:42-47; Atos 20:7) os primeiros cristãos perseveraram na doutrina dos apóstolos, na comunhão (se reuniam diariamente no templo), no "partir do pão", e nas orações. Em casa, "partiam o pão" e comiam juntos suas refeições com alegria e singeleza de coração.
Em Troas (Atos 20:7) no primeiro dia da semana, os discípulos se reuniram para "partir o pão", e Paulo pregou até a meia-noite, indicando que este ato era um momento central da adoração e da fé cristã.
A expressão "partir o pão" evoluiu das refeições comunitárias diárias dos primeiros cristãos, um ato de comunhão e memória de Cristo - para o entendimento da Ceia do Senhor, uma celebração instituída por Jesus para lembrar seu corpo (pão) e sangue (vinho), uma prática fundamental da igreja primitiva.
A atenção é voltada as pessoas que buscaram a Jesus por mais alimento físico e lhes foi oferecido: "Jesus, o Pão da Vida". Diferente do pão e peixe, que depois saciar-se a pessoa volta a ter fome, depois de receber o verdadeiro pão vivo que desceu do céu para salvar, a pessoa nunca mais terá fome e sede espiritual. Jesus ensinou que assim como o pão alimenta o físico, Jesus satisfaz a fome espiritual, dando vida eterna, a todo aquele que crê.
Imagino a reação do primeiro grupo que recebeu a noticia do Reino de Deus, Jesus o Pão da Vida, o milagre da salvação, a confirmação do batismo. E os anos se seguiram sendo anunciado o Evangelho as fileiras do segundo, terceiro, quarto... e, quando me questiono: e as pessoas famintas "das Fileiras de Trás" de cada grupo? A resposta é: - Foram alimentadas.
Tudo se resume a forma de distribuição do alimento.
Aproximadamente, 2 mil anos atrás, se passaram desde a 1ª e 2ª multiplicação de pão e peixe, quando dez mil pessoas que seguiam a Jesus pelo deserto, foram sentadas em fileiras para que todos fossem alimentadas com pão e peixe. Desde as primeiras pessoas a receber a salvação, e a comunhão e o "partir do pão" dos primeiros cristãos, conforme referido em Atos dos Apóstolos.
Multidões receberam alimento (físico e espiritual) quando seguiram a Jesus, e foram saciadas. Outras receberam alimento (físico e espiritual) quando se juntaram aos apóstolos. Agora o questionamento é: "..e os famintos que não estavam junto as multidões que foram saciadas?"
Tudo se resume a forma de distribuição do alimento.
John Wesley (fundador metodista) disse: "O mundo é a minha própria paróquia". A frase expressa seu chamado missionário para levar o Evangelho a todos, sem se limitar a quatro paredes. Sua missão não tinha fronteiras geográficas ou institucionais, abrangia todo o globo. Cada canto do mundo (lar, trabalho, rua, locais públicos) era um local para viver e anunciar o Evangelho, demonstrando fé viva e ativa, que serve (alimenta) a humanidade onde quer que ela esteja.
Outros agem como se dissessem "Minha paróquia. Meu mundo". Nada enxergam além das paredes de sua própria igreja. Serve à Deus e ao próximo, ministrando (distribuindo/servindo) o alimento espiritual às mesmas pessoas domingo após domingo.
A Igreja, plena, pois teve a sua necessidade de alimento atendida, encontra-se saciada, superalimentada (recebe alimentação excessiva, superior ao normal). Contudo, não se envolve com o IDE de Jesus (evangelismo, missões). Não recolhe o alimento que sobeja (excede o necessário), para repartir, compartilhar. Desperdiça o alimento.
É necessário colocar em prática a ordem de distribuição (IDE) do alimento conforme demonstrado por Jesus após o "partir do pão e do peixe", relatado nos Evangelhos, bem como o "partir do pão", a exemplo do ensinado na doutrina dos apóstolos aos primeiros cristãos, que após receber a Jesus como o verdadeiro "Pão da Vida" se reuniam, diariamente, na comunhão e distribuição do alimento espiritual.
A multiplicação dos pães é um evento central nos Evangelhos, citado em todos os quatro (Mateus, Marcos, Lucas e João), sendo um dos milagres mais recorrentes e significativos, com duas ocorrências principais: a alimentação dos 5.000 (nos quatro evangelhos) e a alimentação dos 4.000 (em Mateus e Marcos).
Nos Evangelhos os relatos são diretos: Primeira Multiplicação (5 pães, 2 peixes): Mateus 14:13-21; Marcos 6:30-44; Lucas 9:10-17; João 6:1-14. Segunda Multiplicação (7 pães, poucos peixes): Mateus 15:32-39; Marcos 8:1-9 (Não em Lucas ou João).
João 6 - é o capítulo mais profundo sobre o tema da multiplicação de pães e peixes, onde Jesus se autodenomina "Pão da Vida", ligando o milagre da multiplicação ao maná dado por Moisés no deserto, um novo êxodo e a promessa do Messias.
Em outros livros, a referência é mais temática e de alusão, conectando Jesus ao novo Moisés que provê o "pão da vida" (João 6), remetendo ao Antigo Testamento fazendo paralelos com a provisão de Deus no deserto ao maná do Êxodo (maná e codornizes), conforme Deuteronômio 18:15, simbolizando a provisão divina.
As chamadas Cartas Paulinas, embora não narrem o evento da multiplicação de pães e peixes, os conceitos de Jesus como pão, o corpo de Cristo e a partilha estão presentes, com ecos da multiplicação (1 Coríntios 10:16-17).
O milagre da multiplicação além de destacar a fé; as providências de Deus; a compaixão de Jesus em ensinar, curar e alimentar a multidão; o poder de Jesus em suprir necessidades físicas e espirituais, é também sinal da vinda do Messias esperado, que traria libertação e abundância, prefigurando a comunhão e o "Pão da Vida".
João relata no capítulo 21, que era terceira vez que Jesus se manifestava aos discípulos, após sua ressurreição. E, esta ocorreu após uma noite em que eles conseguiram pescar nada. Jesus surgiu na praia pela manhã e disse os discípulos: "...lançai a rede para o lado direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar pela multidão dos peixes" (João 21:6); e, foram 153 grandes peixes (Jo. 21:11).
Jesus preparou o jantar aos discípulos, enquanto estes ainda estavam envolvidos com a pesca 'milagrosa'. E, tão logo os discípulos retornam a terra encontram uma fogueira acesa, peixe e pão, simbolizando sustento físico e espiritual, representado na restauração de Pedro, no cuidado contínuo de Jesus e na comunhão dEle com os seus seguidores (Jo. 21:9-15). ¹³ Chegou, pois, Jesus, e tomou o pão, e deu-lhes e, semelhantemente o peixe. João 21:13
Tudo se resume a forma de distribuição do alimento.
** Autoria do Estudo Bíblico: Elizabeth Nogueira
Até que Ele Venha - Ale Magnani (Junho/2019)
Música Tema da Junta de Missões Mundiais - Campanha/2017
A canção "Até Que Ele Venha", também foi música Tema da Campanha de Missões Nacionais, das Igrejas Batistas - 2023
Pão da Vida - Davi Sacer (Projeto Acústico 93) - 2014

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