domingo, 27 de dezembro de 2009

A arte de desresolver, de voltar atrás


A Parábola do filho pródigo, em Lucas 15:11-32, ilustra o amor incondicional de Deus e a importância do arrependimento (desresolver).

A história enfatiza a importância do arrependimento genuíno e a disposição de voltar para Deus, independentemente de quão longe tenhamos ido (a resolução tomada anteriormente não era a mais sábia, tão pouco correta).

O pai na parábola demonstra que o perdão é sempre uma opção, não importa o que tenha acontecido.

A recepção calorosa do pai ao filho perdido ilustra o amor incondicional de Deus por todos nós. A parábola do filho pródigo continua a ser uma fonte de reflexão sobre a misericórdia, o perdão e a natureza do amor divino em nossas vidas.

Filho Prodigo - Mattos Nascimento (2009)


A frase "Costumo voltar atrás, sim. Não tenho compromisso com o erro", de Juscelino Kubitschek, traz um pouco do que abaixo detalhou Elben César.

"Aqui está uma coisa que você precisa aprender: a arte de desresolver. A arte de voltar atrás. Isto se aplica apenas aos casos em que a resolução tomada anteriormente não é a mais sábia nem a mais correta. Neste aspecto, a arte de desresolver não tem nada a ver com a falta de perseverança ou de firmeza. Não se trata de capitulação. Nem de retrocesso. Nem de fraqueza. Quando é para reparar o erro, a arte de desresolver é um ato de sabedoria e coragem.

Veja este exemplo extraordinário: ao saber que Maria estava grávida, sem que tivessem ambos coabitado, José resolveu deixá la secretamente. Porém, ao tomar conhecimento de que a concepção dela era sobrenatural, ele fez exatamente o contrário do que havia resolvido: a recebeu como esposa (Mt 1.18 25).

Há muitas resoluções intempestivas, baseadas em raciocínios falazes, frutos de uma cultura oposta ao caráter de Deus e geradas pela pecaminosidade latente do homem. Elas precisam ser revogadas. É exatamente aí que entra a bendita arte de desresolver. Há votos e promessas feitos impensadamente em momentos de desespero que não atingem o alvo e que não agradam a Deus. Eles devem ser anulados.

A arte de desresolver é um dos mais importantes elementos na conversão de um pecador e na evolução de sua santidade pessoal. A conversão nada mais é do que uma desresolução. O filho pródigo da famosa parábola de Jesus desresolveu continuar na lama do pecado e regressou ao lar paterno (Lc 15.11 32).

Inicie se na arte de desresolver. Lembre se de suas mais recentes ou de suas mais antigas resoluções e, se precisar, volte atrás. Talvez você tenha resolvido nunca mais pôr os pés na igreja, talvez você tenha resolvido abandonar o cônjuge, talvez você tenha resolvido vingar se de alguém, talvez você tenha resolvido entregar se às aventuras da carne, talvez você tenha resolvido brigar com Deus, talvez você tenha resolvido jogar fora toda a herança cristã imposta ou adquirida até agora. Use a arte de desresolver para proteger se do tédio, do vazio, da vaidade, da loucura, da dor, do remorso, do desespero, do suicídio, da morte e da morte eterna".


"Primeiro Amor" - Rebanhão (1988)


"Restitui" - Ministério Apascentar de Nova Iguaçu (2003)
DVD - 20 anos (2023)

Elben César - Elben Magalhães Lenz César, foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.

Receita de Ano Novo

.

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens? passa telegramas?)


Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados,começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um ano novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

Feliz Ano Novo!


Sinto imensa ansiedade em me comunicar.
Minha voz interna nunca se cala e mesmo
quando silencia, Ainda assim quer falar.

sábado, 19 de dezembro de 2009

Biografia



Estou escrevendo minha história e me vejo atolada em virgulas,
exclamações, interrogações...
Sou por vezes pensamentos ilimitados,
emoções e reações contidas.
Vivo a espera de algo que assim que surge sinto que não mereço
ou que o tempo certo já se foi.
E a vida passa...
E os momentos acumulados pouco a pouco
como papéis esquecidos numa gaveta
perdem seu "prazo de validade".
Nada arrisco.
Vou apenas adiando alguns capítulos por tempo indeterminado
ou até que a vida se encarregue de decidir por mim de me ACORDAR!
Hoje me pus a refletir e decidi ignorar as coisas mornas,
as coisas definidas como mais ou menos...
Tudo perca de tempo.
Viver tem que ser revolucionário.
O que não me faz mover um músculo, estremecer, suar, sorrir,
lembrar, chorar, amar, não merece fazer parte da minha biografia.
Meus sentidos despertaram e procurei dar a continuidade
que toda biografia exige: começo(amo os começos),
meio (aqui é que a história acontece) e fim
(antes do fim ainda existem muitos recomeços
ou viro a página ou parto pr'o começo)...
Então, percebo o quanto poderia ter evitado. E o quanto perdi...
Sou assim:
Eu me surpreendo com a vida
e me sinto fragilizada diante da doença e da morte.
Gosto de dias de sol, pois assim não tenho que lidar com o frio,
ventanias ou tempestades...
Gosto de café sem açucar, é muito mais saboroso...
Gosto do entardecer e do amanhecer...
pelo quadro lindo que se forma no céu.
Passam dias, meses e anos
e eu ainda me espanto com a falta de amor
e ainda não consegui desvendar porque é tão difícil gostar
e se deixar gostar...
Sei o quanto é difícil recomeçar por isso não esqueço
que a cada dia as coisas se renovam, e tudo pode ser diferente...
Gosto de música, cinema, poesia.
Chorei lendo "Um Ano Inesquecível", de Nicholas Sparks.
Amei assistir "A Vida é Bela, de Roberto Benigni;
If only (Antes que termine o dia), de Gil Junger...
Sou meio antiquada e meio moderna quando se trata de família.
Ver que algumas fases da minha vida escorreram
'como areia em minhas mãos', ainda me incomoda.
Trabalho com os meus amigos
e gosto de cada um de um modo diferente,
pois cada um tem a sua identidade o que o torna especial pra mim.
Tenho a facilidade para sonhar de olhos abertos
Gosto de fantasiar dias perfeitos,
"é bem simplesinho"
mesmo sabendo que muitos destes dias serão sempre uma fantasia
um sonho bom, mas impossível...
aproveito as emoções que eles trazem
e que me fazem feliz por nada ou quase tudo.
Eu sou alguém que quando a noite encosta a porta
e o sol desperta a cidade ainda tenho mais perguntas que respostas...
{Elizabeth Nogueira}

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Desfrutando a Paz em Sua Presença



O livro devocional diário, Jesus Calling: Enjoying Peace in His Presence (ou Na Presença do Pai: Desfrutando a Paz em Sua Presença), de Sarah Young, oferece uma jornada de 365 dias para ajudar os leitores a encontrar paz e descanso na presença de Deus.

Sinopse e Principais Temas:

Busca por Intimidade: Após anos escrevendo orações em seu diário pessoal, a missionária Sarah Young sentiu o desejo de aprofundar sua conexão com Deus. Ela decidiu, então, "ouvir" a voz de Jesus e anotar o que acreditava que Ele estava lhe dizendo, em um formato de comunicação direta e pessoal.

Formato Devocional: O livro é estruturado como um devocional para ser lido em pequenas porções diárias. Cada entrada é escrita em primeira pessoa, como se o próprio Jesus estivesse falando diretamente com o leitor, oferecendo mensagens de conforto, esperança e encorajamento.

Temas Centrais: 
  • Confiança em Deus em meio a medos e ansiedades.
  • A importância do descanso espiritual e da quietude na presença do Senhor.
  • A onipresença e o amor incondicional de Jesus.
  • Encontrar contentamento e propósito na orientação divina, em vez de buscar o controle próprio.
Base Bíblica: Embora o texto principal seja apresentado como mensagens recebidas por Young, cada devocional é acompanhado por referências e citações das Escrituras, permitindo ao leitor aprofundar-se na Palavra de Deus.

O objetivo principal do livro é incentivar os leitores a se aproximarem de Deus de uma maneira mais íntima e a experimentar a paz real que, segundo a autora, só pode ser encontrada em Sua presença diária.

Criador do Mundo - Daniela Araujo

domingo, 29 de novembro de 2009

"Dois pesos e duas medidas"




Como que um mesmo assunto pode ser encarado de duas formas? E de um modo tão desumano com uma parte e tão 'humano' com a outra?

A uma dada situação chamam de T R A G É D I A.
A outra de V I T Ó R I A.
Beira a hipocrisia... e o que é pior dói!

Aplicar "Dois pesos e duas medidas" na criação dos filhos significa ter regras ou julgamentos diferentes para situações semelhantes, dependendo de quem é o filho ou de quem julga (pais, avós, sociedade)

Viver a injustiça e inconsistência no ambiente familiar é algo que gera conflito entre idosos, adultos, jovens, adolescentes e crianças.

Confunde os pais. Confunde os filhos.

Muitas vezes são as mães que enfrentam cobranças sociais e familiares, bem maiores que os pais em igual situação.

Muitas vezes são os pais que enfrentam cobranças sociais e familiares, bem maiores que as mães em igual situação.

Muitas vezes o pai e a mãe enfrentam cobranças sociais e familiares, bem maiores que outras pessoas de sua família em igual situação.

Igual injustiça enfrentam os filhos de uma mesma casa, quando enfrentam cobranças sociais e familiares, bem maiores que outros irmãos em igual situação.

O que significa na prática:

Inconsistência nas regras: Um filho é punido por algo que o outro fez impunemente, ou as mesmas atitudes são vistas de formas diferentes dependendo do gênero e idade da pessoa sob crivo do julgamento que usa: Um peso, duas medidas.

Cobranças desiguais:

Mulheres, e principalmente as mães são julgadas mais severamente por se afastarem do lar ou trabalharem "fora de casa", quando, os homens, mesmo os pais recebem elogios por fazerem o mesmo. Talvez, reflexo de construções sociais históricas.

Expectativas diferentes:

A sociedade espera e cobra a perfeição da mãe; e, por vezes valoriza o menor esforço do pai, criando um fardo emocional desproporcional. O contrário também ocorre. A sociedade espera e cobra a perfeição do pai; e, por vezes valoriza o menor esforço da mãe, criando um fardo emocional desproporcional.

Julgamento de terceiros: Avós, professores e outros familiares também podem adotar esses padrões duplos, aumentando o estresse familiar. E, talvez essa interferência seja a que causa maior dano no grupo familiar. Quando todos tem o mesmo alvo, seja criança, jovem, adulto ou idoso, para analisar, criticar, julgar e sentenciar usando "Dois pesos e duas medidas"

"Dois pesos e duas medidas" é uma expressão idiomática que descreve a injustiça de julgar situações ou pessoas de forma diferente, aplicando critérios variados e contraditórios a casos semelhantes, geralmente favorecendo uns em detrimento de outros, como um comerciante desonesto usava pesos e medidas diferentes para enganar clientes, uma prática denunciada na Bíblia em Deuteronômio.

Significa a falta de imparcialidade, isenção ou equidade em juízos e decisões. Denuncia a aplicação de padrões distintos para o mesmo tipo de ato ou situação, dependendo da simpatia ou interesse de quem julga.

É frequentemente usada para criticar a hipocrisia, a discriminação e o favoritismo em diversas áreas, desde relações pessoais sociais, familiares até políticas públicas, mostrando que as regras não são as mesmas para todos.

A expressão é uma crítica à incoerência e à falta de justiça, onde o mesmo ato é avaliado de maneiras opostas por interesses ou conveniências, e não por princípios de igualdade.


Origem da Expressão:

A expressão "Dois pesos e duas medidas" é usada na Bíblia condenando o uso de pesos e medidas desonestos no comércio para enganar os outros, buscando justiça e honestidade através de uma única régua.

Em Levíticos 19,35-36, diz: “Não dareis sentenças injustas nem cometereis injustiças em pesos e medidas. Tende balança, pesos e medidas exatos”. Também em Provérbios 20,23: “O Senhor detesta pesos desiguais, não é justa a balança com fraude”.

Mas a principal explicação vem em Deuteronômio 25, 13-15: “Não terás em tua bolsa dois tipos de peso: um pesado e outro leve. Não terás em tua casa dois tipos de medida: uma grande e outra pequena. Terás um peso íntegro e justo, medida íntegra e justa”.

No âmbito jurídico, o ditado “dois pesos e duas medidas” não deve ser aplicado. Todos os cidadãos devem ser tratados da mesma forma perante a justiça.

A expressão se refere a dois pesos e dois metros, - um mais leve ou mais curto que o outro, sendo ambos usados como se fosse o equivalente ao mesmo peso padrão - artimanhas de comerciante desonesto; e denuncia, a injustiça e desonestidade – do julgamento de atos semelhantes segundo critérios diversos, conforme seus autores sejam mais ou menos simpáticos a quem julga.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Perder para ganhar


É preciso aprender a perder, para não perder a alma no meio das decepções e o coração ante a dor. Transforme realidades. Antecipe-se às circunstâncias; seja inteligente. Não seja pessimista, tampouco um otimista exacerbado, mas, suficientemente inteligente para entender que perder faz parte do jogo da vida.

É preciso aprender a perder, para não viver iludido; boa e transformadora é a desilusão. Pense e repense. Julgue, reconsidere. Melhor acordar mo meio de um pesadelo do que permanecer envolvido num sonho sem sentido e depois acreditar que este, pode tornar-se útil.

É preciso aprender a perder, para não se perder de si mesmo. A vida é um grande labirinto, cheia de entradas e saídas, direitas e esquerdas. Redobre o cuidado, no meio da sanha de conquistar e alcançar, corremos o risco de amar coisas e usar as pessoas - às vezes a nós mesmos.

É preciso aprender a perder, antes que chegue a morte. Morrer é deixar de existir completamente do lado de cá do céu. Preocupe-se em viver, considerando que perder é parte do existir; uma aventura de caça ao tesouro. Só achamos o que perdemos. Recomeçar dói, mas é mais saboroso do que simplesmente começar.

É preciso aprender a perder, para experimentar sentimentos, viver sensações, desfrutar emoções. Chore. Sorria. Viva.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Hoje, e não Amanhã!



A mulher, assim que dá à luz, ama o homem apenas tanto quanto este ama o filho." (Friedrich Hebbel).

Na verdade, assim que a mulher se descobre grávida ela só ama quem a seu filho também amar...



Ausência

Faz da tua ausência o bastante para que alguém sinta a tua falta, mas não a prolongues demais para que essa pessoa não aprenda a viver sem ti. Autor Desconhecido

Saudade é o bolso onde a alma guarda aquilo que provou e aprovou. Ruben Alves

A maior solidão é aquela que se dá não pela ausência de pessoas, mas pela indiferença da presença delas. David Saleeby

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A doce missão de ser mãe



Nós estávamos sentadas almoçando, quando minha filha casualmente menciona que ela e seu marido estão pensando em ‘começar uma família’. ‘Nós estamos fazendo uma pesquisa’, ela diz, meio de brincadeira. ‘Você acha que eu deveria ter um bebê?’

‘Vai mudar a sua vida,’ eu digo, cuidadosamente mantendo meu tom neutro.

‘Eu sei,’ ela diz, ‘nada de dormir até tarde nos finais de semana, nada de férias espontâneas.. .’

Mas não foi nada disso que eu quis dizer. Eu olho para a minha filha, tentando decidir o que dizer a ela. Eu quero que ela saiba o que ela nunca vai aprender no curso de casais grávidos. Eu quero lhe dizer que as feridas físicas de dar à luz irão se curar, mas que tornar-se mãe deixará uma ferida emocional tão exposta que ela estará para sempre vulnerável.

Eu penso em alertá-la que ela nunca mais vai ler um jornal sem se perguntar: ‘E se tivesse sido o MEU filho?’ Que cada acidente de avião, cada incêndio irá lhe assombrar. Que quando ela vir fotos de crianças morrendo de fome, ela se perguntará se algo poderia ser pior do que ver seu filho morrer.

Olho para suas unhas com a manicure impecável, seu terno estiloso e penso que não importa o quão sofisticada ela seja, tornar-se mãe irá reduzi-la ao nível primitivo da ursa que protege seu filhote. Que um grito urgente de ‘Mãe!’ fará com que ela derrube um suflê na sua melhor louça sem hesitar nem por um instante.

Eu sinto que deveria avisá-la que não importa quantos anos ela investiu em sua carreira, ela será arrancada dos trilhos profissionais pela maternidade. Ela pode conseguir uma escolinha, mas um belo dia ela entrará numa importante reunião de negócios e pensará no cheiro do seu bebê. Ela vai ter que usar cada milímetro de sua disciplina para evitar sair correndo para casa, apenas para ter certeza de que o seu bebê está bem.

Eu quero que a minha filha saiba que decisões do dia a dia não mais serão rotina. Que a decisão de um menino de 5 anos de ir ao banheiro masculino ao invés do feminino no McDonald’s se tornará um enorme dilema. Que ali mesmo, em meio às bandejas barulhentas e crianças gritando, questões de independência e gênero serão pensadas contra a possibilidade de que um molestador de crianças possa estar observando no banheiro.

Não importa o quão assertiva ela seja no escritório, ela se questionará constantemente como mãe.

Olhando para minha atraente filha, eu quero assegurá-la de que o peso da gravidez ela perderá eventualmente, mas que ela jamais se sentirá a mesma sobre si mesma. Que a vida dela, hoje tão importante, será de menor valor quando ela tiver um filho. Que ela a daria num segundo para salvar sua cria, mas que ela também começará a desejar por mais anos de vida — não para realizar seus próprios sonhos, mas para ver seus filhos realizarem os deles.

Eu quero que ela saiba que a cicatriz de uma cesárea ou estrias se tornarão medalhas de honra.

O relacionamento de minha filha com seu marido irá mudar, mas não da forma como ela pensa. Eu queria que ela entendesse o quanto mais se pode amar um homem que tem cuidado ao passar pomadinhas num bebê ou que nunca hesita em brincar com seu filho. Eu acho que ela deveria saber que ela se apaixonará por ele novamente por razões que hoje ela acharia nada românticas.

Eu gostaria que minha filha pudesse perceber a conexão que ela sentirá com as mulheres que através da história tentaram acabar com as guerras, o preconceito e com os motoristas bêbados. Eu espero que ela possa entender porque eu posso pensar racionalmente sobre a maioria das coisas, mas que eu me torno temporariamente insana quando eu discuto a ameaça da guerra nuclear para o futuro de meus filhos.

Eu quero descrever para minha filha a enorme emoção de ver seu filho aprender a andar de bicicleta. Eu quero mostrar a ela a gargalhada gostosa de um bebê que está tocando o pelo macio de um cachorro ou gato pela primeira vez. Eu quero que ela prove a alegria que é tão real que chega a doer. O olhar de estranheza da minha filha me faz perceber que tenho lágrimas nos olhos.

‘Você jamais se arrependerá’, digo finalmente.

Então estico minha mão sobre a mesa, aperto a mão da minha filha e faço uma prece silenciosa por ela, e por mim, e por todas as mulheres meramente mortais que encontraram em seu caminho este que é o mais maravilhoso dos chamados. Este presente abençoado de Deus… que é ser Mãe.’

(autoria desconhecida)

Pra sempre em Meu Coração - Cristina Mel

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Já escondi um AMOR



Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo,
já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo,
já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida,
já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono,
já fui dormir tão feliz,
ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos,
já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram,
já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho
tentando descobrir quem sou,
já tive tanta certeza de mim,
ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois,
já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava,
para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza,
já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena,
já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar,
já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns,
outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns,
já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça,
apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz
para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais,
ao ponto de confundir com a realidade...
Já tive medo do escuro,
hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer,
já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria
apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora,
quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite
fugindo de um pesadelo.
Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo"
e descobri que não eram...
Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada
e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas,
porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim,
porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou,
não me convidem a ser igual,
porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade,
não sei viver de mentiras,
não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma,
mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos,
das bebidas mais amargas,
das drogas mais poderosas,
das idéias mais insanas,
dos pensamentos mais complexos,
dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz
e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

Clarice Lispector

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A Árvore dos Meus Problemas


A Parábola "A Árvore dos Meus Problemas" é uma interessante reflexão. Penso assim também, ainda que eu não tenha a minha árvore de pendurar problemas, 😀😃😄😅 não gosto de trazer a parte "não-agradável" do "meu serviço" para casa. Não conheço ninguém que consiga separar vida profissional da vida pessoal. Acredito que estamos todos nós tentando.

Via de regra quando no trabalho as coisas não vão bem, somos, igualmente, afetados em nossa vida pessoal e vice-versa, porque todas as áreas de nossa vida se relacionam. Estão interligadas de alguma maneira. De modo, que tudo o que acontece de bom ou ruim, em uma área, nos afeta integralmente como indivíduos e seres humanos, também na outra área.

Na referida parábola um carpinteiro deixa suas preocupações do trabalho em uma árvore antes de entrar em casa, simbolizando a importância de separar os problemas do lar e da família para manter a paz e a alegria, pois ao voltar para pegá-los, eles parecem menores ou mais fáceis de resolver, mostrando que muitas vezes nossa mente os amplia.

A história popular de autoria desconhecida, é um poderoso lembrete para não transferir o estresse do dia a dia para os entes queridos, criando um espaço de descanso e renovação em casa.

A parábola "A Árvore dos Meus Problemas" (também conhecida como "A Árvore dos Problemas" ou "The Trouble Tree") é uma história com uma mensagem que está além da gestão das reações e emoções, da gestão do estresse é sobre a importância de separar a vida profissional da vida familiar.

"A Árvore dos Meus Problemas", não possui um autor único conhecido, sendo amplamente divulgada como uma narrativa de sabedoria popular.

A História
A parábola narra a experiência de um um fazendeiro que contrata um carpinteiro para fazer alguns reparos em sua propriedade. O carpinteiro teve um dia de trabalho extremamente difícil, marcado por alguns contratempos. Ao final do dia, ele estava visivelmente tenso e irritado.

Ao chegarem à casa do carpinteiro, o fazendeiro observou que ele parou, brevemente, ao lado de uma árvore próximo a porta de entrada da casa e tocou em seus galhos ao mesmo tempo que pareceu fazer uma prece.

Imediatamente após esse gesto, a expressão do carpinteiro se suavizou. Ele entrou em casa sorrindo, abraçou a família e desfrutou de um jantar agradável e descontraído.

Intrigado, o fazendeiro perguntou ao carpinteiro sobre o que ele fez naquela árvore. O carpinteiro explicou que aquela era a sua "árvore dos problemas". Ele contou que, ao chegar em casa, "pendurava" as suas preocupações e aborrecimentos do trabalho nos galhos da árvore, pois eles não pertenciam à sua família nem à sua casa.

E, finalizou dizendo: na manhã seguinte, quando ele voltava para o trabalho, olhando para a árvore, "recolhia" seus problemas (para lidar com eles no trabalho), e, percebia que eles pareciam muito menores do que eram no dia anterior.

A moral central da parábola é a importância de deixar os problemas e o estresse do trabalho fora do ambiente familiar, protegendo o lar como um espaço seguro. Um local de paz e carinho.

O ato simbólico de "pendurar os problemas" ajudava o carpinteiro a criar uma separação mental, permitindo uma melhor gestão emocional e, muitas vezes, uma nova perspectiva que fazia com que os problemas parecessem mais fáceis de resolver no dia seguinte.

"A árvore dos problemas" representa um lembrete para focar no que realmente importa. Transforme a casa em um refúgio. A parábola ilustra como a distância e a perspectiva podem diminuir a dimensão dos problemas, ajudando a encontrar soluções com mais clareza e criatividade.

Você pode criar seu próprio "ritual", seja cantando, tocando um instrumento, cuidando de jardim, horta, terrário, lendo um livro, orando, meditando, fazendo exercício físico ou de respiração, dançando, cozinhando, organizando e consertando "coisas" pela casa a fora, relaxando, ouvindo músicas, o que for bom p1ra "deixar" os problemas do lado de fora ao entrar em casa.

Adore, Cante, ore! A alegria vem pela manhã. Escolhi do álbum Deus de Promessas, 02 canções, deixo a letra de uma delas...

Toda Sorte de Bençãos

Por onde eu for a tua bênção me seguirá
Onde eu colocar as minhas mãos prosperará
A minha entrada e a minha saída bendita será
Pois sobre mim há uma promessa
Prosperarei, transbordarei

Os meus celeiros fartamente se encherão
A minha casa terá sempre tua provisão
Onde eu puser a planta dos meus pés, possuirei
Pois sobre mim há uma promessa
Prosperarei, transbordarei

Para a direita, para a esquerda
À minha frente e para trás
Para direita, para esquerda
À minha frente e para trás

Por todo lado, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié
Em tudo o que eu faço, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié

Por onde eu for a tua bênção me seguirá
Onde eu colocar as minhas mãos prosperará
A minha entrada e a minha saída bendita será
Pois sobre mim há uma promessa
Prosperarei, transbordarei

Os meus celeiros fartamente se encherão
A minha casa terá sempre tua provisão
Onde eu puser a planta dos meus pés, possuirei
Pois sobre mim há uma promessa
Prosperarei, transbordarei

Para a direita, para a esquerda
À minha frente e para trás
Para direita, para esquerda
À minha frente e para trás

Por todo lado, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié
Em tudo o que eu faço, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié

Por todo lado, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié
Em tudo o que eu faço, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié

Toda sorte de bênçãos
O Senhor preparou para mim
E em todas as coisas
Eu sou mais do que vencedor

Por todo lado, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié
Em tudo o que eu faço, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié

Por todo lado, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié
Em tudo o que eu faço, oh, oh, oh
Sou abençoado, ié, ié, ié

Composição: Davi Sacer / Veronica Sacer / Luiz Arcanjo


Valorize seu Lar. Use seu momento em casa, para se reconectar com a família, um porto seguro. Uma "terapia" que te renova.

Ainda que seu mundo exterior (fora do lar) e seu mundo interior (dentro do lar) estejam em perfeita harmonia; e, não tenha nada, exatamente, nada para "pendurar na árvore dos problemas". É indispensável que cada área de sua vida tenha o seu espaço. E, que cada espaço tenha a área de sua vida que lhe corresponde.

Vale ressaltar, e aqui apenas menciona-se o assunto para delimitar o tema, que alguns dos conflitos de casa, ficam em casa, resolvem-se em casa. Outros porém, mais graves, que careçam de intervenção externa. Busque-a.

Os conflitos do trabalho, ficam lá, resolvem-se no trabalho. Outros porém, mais graves, que careçam de intervenção externa. Busque-a.


Nem Sempre Sou Igual


Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,

Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés -
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma ...

Alberto Caeiro

"Procuro despir-me do que aprendi
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu...
Alberto Caeiro"

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Vida de Verdade


Eu também faço parte do 'rol' daqueles que por vezes saem caminhando e cantando. E seguindo a canção..., mas que depois param dias, meses e anos para 'ver a banda passar', e que não mais que de repente se encasula para refazer planos, sonhos. Repensar a vida e renascer...

"Por muito tempo eu pensei que a minha vida fosse se tornar uma vida de verdade.

Mas sempre havia um obstáculo no caminho, algo a ser ultrapassado antes de começar a viver, um trabalho não terminado, uma conta a ser paga. Aí sim, a vida de verdade começaria.

Por fim, cheguei a conclusão de que esses obstáculos eram a minha vida de verdade. Essa perspectiva tem me ajudado a ver que não existe um caminho para a felicidade.

A felicidade é o caminho! Assim, aproveite todos os momentos que você tem. E aproveite-os mais se você tem alguém especial para compartilhar, especial o suficiente para passar seu tempo; e lembre-se que o tempo não espera ninguém.

Portanto, pare de esperar até que você termine a faculdade; até que você volte para a faculdade; até que você perca 5 quilos; até que você ganhe 5 quilos; até que você tenha tido filhos; até que seus filhos tenham saído de casa; até que você se case; até que você se divorcie; até sexta à noite; até segunda de manhã; até que você tenha comprado um carro ou uma casa nova; até que seu carro ou sua casa tenham sido pagos; até o próximo verão, outono, inverno; até que você esteja aposentado; até que a sua música toque; até que você tenha terminado seu drink; até que você esteja sóbrio de novo; até que você morra...

E decida que não há hora melhor para ser feliz do que AGORA MESMO...


Alfred Henfil

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ano da França no Brasil

De 21 de abril a 15 de novembro de 2009, brasileiros e franceses irão celebrar o Ano da França no Brasil. Como parte das relações bilaterais entre os dois países, o França.Br 2009 levará a todas as regiões brasileiras uma série de atrações artísticas e culturais, além de debates e atividades nas diversas áreas do conhecimento, da economia e da tecnologia, a fim de mostrar aos brasileiros as diversas facetas da França contemporânea e ampliar as oportunidades de intercâmbio entre os dois países. Os eventos atingirão todos os públicos e todas as regiões do Brasil.


Ouvi a música "Ilha Magnética" de César Nascimento, interpretada pelas cantoras Carol e Ana Tereza e achei que a canção combina com as comemorações da França no Brasil, principalmente, por conta da peculiaridade de São Luís/MA ter sido a única capital brasileira fundada por franceses...

No Palcomp3 está mais audível e ainda tem a interação perfeita com o Poema: Canção sem Rima para ilha/Poeta Maranhense, Carlos Cunha. No YouTube:



Ilha Magnética
Compositor: César Nascimento
Interprétes: Carol e Ana Tereza

Oh! Que horizonte belo
De se refletir
Outro dia me disseram
Que o amor nasceu aqui
Saio detrás do sol
Com um jeito de guri
Tanto o novo como o leve
O amor nasceu aqui
Ponta d'Areia, Olho d'Agua e Araçagi
Eu sempre vou ouvir
A natureza me falando
Que o amor nasceu aqui
Oh que ilha inexata
Quando toca o coração
Eu te tocos
E tu me tocas
Cá nas cordas do violão
E se um dia eu for embora
Pra bem longe desse chão
Eu jamais te esquecerei
São Luís do Maranhão

Poema: Canção sem rima para ilha/Poeta Maranhense, Carlos Cunha

Sou velha e moça ao mesmo tempo,
pois nasci ontem e continuo hoje tão bela como uma estrela.
Fui descoberta por portugueses,
franceses dominaram meu coração
e hoje pertenço integralmente a brasileiros.
Canhões antigos cantam hinos de glória nas minhas praias
mescladas de cinza e azul.
As minhas igrejas entoam hosanas seculares
e dos meus musgos escorrem aleluias de um passado
que será perpétuo e que será perene.
Ainda há nas minhas
ruas a musicalidade dos bondes,
arrastados por burricos sonolentos e tardos.
Nas noites de lua cheia passeiam lendas pelas minhas calçadas,
subindo e descendo as minhas ladeiras.
Eu sou o passado em harmonia com o presente.
Eu sou a tradição em luta com os costumes modernos.
Eu sou o país dos azulejos, a catedral dos vitrais,
a cidade dos sonhos, o reinado da poesia.
Eu me chamo São Luís.


***

O Ano da França no Brasil – França.Br 2009 – tem como objetivo principal fortalecer a parceria estratégica entre os dois países e ocorre em reciprocidade ao Ano do Brasil na França – Brésil Brésis, realizado em 2005. Com resultados surpreendentes, o evento mobilizou mais de 15 milhões de pessoas, com centenas de atrações realizadas em todo o território francês, que trouxeram impactos diretos não só para o intercâmbio cultural, mas também para as trocas comerciais entre os dois países.

Na ocasião, registrou-se aumento de três vezes no volume de negócios entre França e Brasil (quando comparado ao ano anterior, 2004), o que correspondeu a cerca de US$ 450 milhões de produtos brasileiros importados pela França em 2005. O governo francês registrou um crescimento de 27% no movimento de turistas franceses no Brasil, além do crescimento de 20% nas matrículas nos cursos de português na França.

“Com o França.Br 2009, pretendemos estimular esses impactos para que não só a cultura venha a ganhar, mas o país como um todo, com resultados importantes em sua economia e nas diversas dimensões de intercâmbio que venhamos efetivar”, afirma o ministro da Cultura, Gilberto Gil.

Angélique Kidjo
Angélique Kidjo é uma das grandes vozes da África e uma porta-voz de causas humanitárias, cuja obra é marcada pela diversidade cultural, se apresentou em São Luis do Maranhão, Rio de Janeiro e Brasília, em turnê parte das comemorações do Ano da França no Brasil.

No dia 8 de setembro/2009, a cidade de São Luís do Maranhão, a única capital brasileira fundada por franceses, completou 397 anos e concentrou a comemoração na Praça Maria Aragão, em um evento que reuniu cerca de oito mil pessoas para ouvir Angélique Kidjo. O show abriu a turnê da cantora beninense no Brasil, que integra o calendário oficial do Ano da França no Brasil. O público estava empolgado e percebeu logo que a cantora subiu ao palco a conexão musical entre a França, a África e o Brasil.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pátria, de Pedro Bruno


A Pátria é um dos quadros históricos mais famosos do Brasil

"A PÁTRIA" - Quadro a óleo de Pedro Bruno - Acervo do Museu da República, Rio de Janeiro; e ilustra muitos livros escolares.

A riqueza de detalhes e o fiel retrato da época contribuem para a importância da obra. A recente proclamação da República inspirava e orgulhava os cidadãos brasileiros e os levava a sonhar com um futuro glorioso para a sua nação.

A arte apresenta mães trabalhando e cuidando de seus filhos em um ambiente familiar dedicadas à confecção de uma bandeira nacional. Um bebê brinca com uma estrela ainda por ser costurada à bandeira enquanto outra criança abraça carinhosamente parte da bandeira simbolizando carinho e o futuro do país.

Já as mulheres representam as mães que exerciam o trabalho de cuidar dos filhos, da casa e ainda auxiliavam no orçamento doméstico com serviços de costura. A tela retrata uma época em que as mulheres ainda nem sonhavam em trabalhar fora.

Com talento também para a poesia, o próprio artista expressou seu objetivo ao pintar a tela. "Eu quis cantar um hino às mães do Brasil; quis prostrar-me aos pés de todas as mães desta terra, cujo leite fecundo é a seiva divina que, alimentando vidas, cria povos construindo pátrias."

Pintor internacionalmente respeitado, o seu famoso quadro, A Pátria, figura no verso da nota de duzentos mil cruzeiros do antigo dinheiro brasileiro e no cartão telefônico da série Museus emitido pela Telebrás em 1996.

Pedro Bruno - o poeta da cor, das árvores e dos pássaros
Pedro Bruno é um capitulo especial na história dos personagens ilustres da Ilha de Paquetá, pois de todos, foi o seu maior expoente. Em tempo algum, jamais alguém fez tanto bem pelo lugar quanto este eterno benfeitor.

Pedro Paulo Bruno, seu nome completo, nasceu na Ilha de Paquetá a 14 de outubro de 1888. Desde menino (com 7 anos de idade) seu brilhante espírito manifestou interesse pelas artes. Gostava de poesia, música e canto lírico, desenho e pintura, escultura, enfim, tudo que era expressão de belo do gênio humano e da Natureza. Dotado de uma sensibilidade artística comparável a dos maiores artistas da história universal, Pedro Bruno também tinha um outro dom que o dignificava: a imensa bondade de seu coração.

Amava tanto a Ilha de Paquetá que a ela dedicou todos os dias de sua vida. Fascinavam-no a natureza exuberante do lugar, suas lendas, suas gentes, seus costumes. Aproveitava todos os momentos para identificar a Mão de Deus quando criou esta Ilha, nos detalhes das flores, no canto dos pássaros, no som das ondas do mar, nas cores da aurora e do crepúsculo, nas matas, nas pedras que circundam a orla paquetaense.

Os pais de Pedro Bruno incentivavam o gênio artístico do filho. Naquela época havia em Paquetá um pintor de nacionalidade italiana cuja maestria na arte de óleo sobre tela o jovem Pedro muito admirava. Castagneto era seu nome. Aproveitando a oportunidade que diariamente o Pintor comparecia ao bar de propriedade de seus pais, Pedro estabeleceu relacionamento com o Pintor e logo oferecia-se para carregar sua paleta, pincéis e cavalete até o lugar onde Castagneto iria pintar e ali ficava a apreciar a técnica da pintura do artista. Logo foi seu discípulo.

Foi com muita emoção que, certo dia, recebeu de presente de seu pai a sua primeira paleta, um jogo de tintas e pincéis e uma tela em branco. Assim, Bruno e Castagneto enchiam cantis com água fresca, levavam merenda e passavam as manhãs a pintar em algum ponto da Ilha.

Assim foi crescendo Pedro Bruno. Como se tivesse sido tocado pelas Musas, queria dar expansão a todo o potencial da genialidade que lhe ebulia na alma, manifestando habilidade para outras artes. Para ele, Paquetá era um Jardim criado por Deus e sentia em si mesmo a missão divina de conservá-lo, embelezá-lo, protegê-lo.

A questão da Preservação Ambiental era por ele tratada com muito mais profundidade do que jamais alguém o fez.Era assunto da mais alta prioridade. Abarcava aspectos não somente no âmbito de florestas e animais, mas também de conservar, aprimorar e enaltecer o ambiente intelectual e artístico do povo paquetaense, como um legado às gerações futuras.

Casou-se com D. Maria Helena Vieira Bruno. O casal teve quatro filhos, Magda, Lia, Hélio e Fábio (este último já falecido) que de seu pai herdaram a imensa bondade do coração e o amor pela Ilha de Paquetá.

Pintor internacionalmente respeitado até o dia de hoje - um de seus famosos quadros, PÁTRIA, figura no verso da nota de duzentos mil cruzeiros do antigo dinheiro brasileiro - deixou-nos mais de 146 obras de pintura de óleo sobre tela.

Fontes:
MEMORIAL

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Tutorial: Como fumar sem ser odiado


Sim, você leu certo. Não é um post dando dicas de como parar de fumar. Porque convenhamos, a idéia de parar de fumar é fácil. “Basta” ter força de vontade. Difícil pode ser executar essa idéia, mas isso é outro papo.


Permitido fumar… mas com ressalvas!

A questão é: se você não vai parar de fumar, ao menos pare de ser odiado por isso. Sim! As pessoas lhe odeiam! Elas não dizem, mas lhe odeiam. E você, provavelmente, merece!

Se você acende um cigarro em um ambiente fechado, sem nem procurar um lugar em que incomode menos, você merece ser odiado!

Se você joga bituca de cigarro no chão, você merece ser odiado.

Se você queima alguém com a brasa do cigarro numa balada ou multidão, você merece ser odiado.

Eu te odeio!

Caro fumante, muito provavelmente tudo que você faz e acha normal é motivo pra ser odiado. Merecidamente!

Mas sim, há uma solução para você! Aliás, há duas soluções.

A primeira é óbvia: pare de fumar!

Mas eu sei que você não vai parar só porque eu estou falando, então a outra solução é seguir as regras abaixo.

Regra 1 – Fume longe de mim!
Tá, na verdade a regra 1, em termos menos egocêntricos, seria “Fume longe dos não fumantes“. Quem não fuma odeia cheiro de cigarro. Aliás, mesmo quem fuma muitas vezes odeia o cheiro do cigarro dos outros.

Mas a questão não é só a de não gostar do cheiro. Não podemos esquecer que o fumante passivo pode ser vítima de muitos dos malefícios do cigarro sem nem fumar.

“Mas eu sou diretor, sou fodão, uso gravata. Eu posso“.

Tá bom. Você já é odiado o suficiente por ser chefe. Se você ainda acender um cigarro, fazendo uma pose que mostre bem a sua gravata fedendo a cigarro, a rádio peão vai passar a falar (mais) mal de você.

Imagine. O povo trabalhando e você impregna o ar com seu cigarro? Quer saber, eu já te odeio também! Aliás, o grande mal de muitos chefes é achar que o cargo lhes dá permissão para faltar com o respeito. Mas ao contrário, quanto mais atitudes positivas um chefe tiver, mais a chance de ser respeitado pelos funcionários. E quanto mais respeitado, mais obedecido. Que tal começar a mudança pelo cigarro?

Algumas empresas possuem áreas conhecidas como fumódromos. Vá fumar lá. Se em sua empresa não existe, proponha a criação de uma área dessas. Fale dos benefícios de se fazer uma pausa no trabalho, ao mesmo tempo em que não tem que sair da empresa pra fumar. Cite o quanto você se importa com os outros. Talvez você não ganhe tantos pontos quanto ganharia se parasse de fumar. Mas vai deixar de ser tão odiado por conta disso.

Procure também fumar ao ar livre. E se estiver em um grupo, resista à vontade de fumar ali, se o grupo não for de fumantes também. Se a necessidade de ceder ao vício for mais forte que você (fracote!), fique a alguns passos de distância do grupo. E sopre sempre a fumaça pro outro lado.

Você fuma longe da gente e nós agradecemos!

Nunca, mas nunca mesmo, fume dentro de veículos, exceto se o veículo for seu. Nesse caso você faz o que você quiser. Mas se der carona pra alguém, o ingrato vai lhe odiar! Não que caroneiro possa reclamar. Mas vai lhe odiar secretamente, naquele momento.

Você sabe que é um perfeito seguidor da regra 1 quando as pessoas no máximo suspeitam que você é fumante, mas sem nunca tê-lo visto fumar.

Regra 2 – Não jogue bituca de cigarro no chão
Essa é a mais difícil, mas não devia ser. 99,9% dos fumantes não a seguem. E ainda perguntam: “e o que você quer que eu faça, fique carregando a bituca de cigarro até achar onde jogá-la?”

A resposta é: Isso é problema seu! Sério. Você fuma, eu como demais, fulano bebe. Ninguém tem nada com a vida de ninguém. Mas todo mundo precisa assumir as consequências e as responsabilidades de seus atos.

Jogue a bituca no lugar certo, mané!

Bituca de cigarro entope bueiros, polui praias e fica anos na natureza até ser decomposta. Imagine quantas bitucas de cigarro são jogadas na rua todos os dias. Junto com outros lixos, a bituca que você jogou ajudou a causar aquela inundação naquela rua depois daquela chuva. Sim, aquela vez que você botou a culpa exclusivamente na prefeitura da sua cidade. Ou em São Pedro.

E qual o porco que jogaria uma bituca de cigarro no chão da própria casa? Você não faz isso porque a casa é sua, certo? Mas a rua também é sua!

Bitucas podem ser recicladas, num método criado pela UnB. Então o que você tem que fazer é jogar lixo no lixo, como sempre. Sim, você provavelmente vai ter que andar com a bituca apagada na mão até achar a lixeira mais próxima. Mas é sua obrigação como cidadão fumante.

Ah, sim. Por favor, apague a bituca antes de jogar no lixo. Você não quer causar um incêndio, certo?

Se quiser mais sugestões (um pouco mais diretas que as minhas, se é que você me entende) de como fazer para fumar sem ser mal-educado, leia “É a má-educação que leva ao tabagismo ou o tabagismo que causa má-educação?”

Regra 3 – Cuidado com seu cigarro
Agora você é um fumante consciente, que não joga bitucas no chão e evita fumar onde for incomodar outras pessoas. Parabéns!

Mas há lugares em que é meio que ‘liberado’ o uso do cigarro. Baladas, por exemplo. Não é uma coisa muito legal, você sai pra dançar e volta fedendo. Mesmo nesses lugares seria legal se existisse um canto pro povo ir fumar. Mas enfim, se você vai fumar numa boate, cuide pra não queimar ninguém. Você pode acabar queimando também o seu filme.

Proteja o seu cigarro com a mão. Faça uma concha voltada pra você, e o cigarro no meio dessa concha. Problema resolvido. Bom, cuidado para não se queimar também, é claro. Mas ao menos desse jeito o prejudicado é você, que ao mesmo tempo é o culpado.

Regra 4 – Cuidado com os maus cheiros
Se você fuma, suas chances com um(a) não-fumante são reduzidas drasticamente. A idéia de beijar um cinzeiro não é agradável. Aliás, até suas chances com um(a) fumante caem. Mas não é só com o mau-hálito que você deve se preocupar.

Há produtos para desodorizar ambientes que têm ação contra o cheiro do cigarro. Use no seu quarto, em sua casa. Há também produtos específicos para seu carro e até para suas roupas!

É! Não esqueça das suas roupas. Tem gente que, antes de uma longa viagem, fuma dentro de algum cubículo, como um banheiro, na tentativa de saciar seu desejo por nicotina e suportar um longo tempo sem fumar. Mas coitado de quem fica do lado dessa pessoa na viagem!

“Sua roupa tá fedendo”!

Tome cuidado com os odores que o cigarro deixa em você. Se possível, lave a mão depois de fumar. Procure ambientes mais abertos (regra 1). Procure novas formas de manter sua roupa cheirosa (ou pelo menos não-fedida).

Você nem sente, mas a pessoa do seu lado lhe odeia por causa do seu fedor.

Siga essas recomendações e você atingirá o objetivo de fumar sem ser odiado.

Mas ainda estará sujeito a câncer de pulmão.

Fonte: ChristianGump.net