segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Bárbara de Alencar: a primeira presidente do Brasil


Em 2011, completam 251 anos do nascimento da primeira mulher presidente no Brasil, Bárbara de Alencar. Quando estourou a Revolução Pernambucana de 1817, Bárbara liderou o movimento no Cariri e proclamou a República do Crato, sendo designada presidente. Assim, Bárbara de Alencar tornou-se, senão a primeira presidente do Brasil, a primeira presidente de uma república brasileira. Os cearenses têm muito do que se orgulhar.

Num tempo em que as mulheres dedicavam-se às famosas prendas domésticas (prendas que as prendiam, restringiam, totalmente), Bárbara não apenas aderiu, mas pôs-se à frente da Revolução Pernambucana em seu estado de adoção, o Ceará. É o pioneirismo de uma mulher tomando as rédeas da história.

A Revolução Pernambucana durou menos de três meses. Bárbara foi presidente por apenas oito dias. Mas foi o bastante para marcar a sua presença na história.

Quando o romancista José de Alencar foi eleito Senador do Império, D. Pedro II vetou o seu nome. Apesar de já ter sido ministro da justiça, o imperador temia que trouxesse em seu DNA os genes revolucionários e republicanos de seu pai José Martiniano, de seu tio Tristão e de sua avó Bárbara de Alencar.

O Centro Cultural Bárbara de Alencar agracia todos os anos três mulheres, com a “Medalha Bárbara de Alencar. O centro administrativo do Governo do Ceará chama-se “Centro Administrativo Bárbara de Alencar”.

Luiz Gonzaga sempre saudava "dona Bárbara de Alencar", nos seus shows no Cariri, onde sabia que a reverenciavam. No dizer do etnólogo potiguar Luís da Câmara Cascudo, a revolução de 1817 foi a mais linda, inesquecível, arrebatadora e inútil das revoluções brasileiras.

Bárbara Pereira de Alencar



Esta heroína nasceu em Exu, Pernambuco, 11 de fevereiro de 1760. Foi uma revolucionária da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do Equador.

Teve quatro filhos: João Gonçalves de Alencar, Carlos José dos Santos, Joaquina Maria de São José, Tristão Gonçalves Pereira de Alencar e José Martiniano de Alencar. Este último é pai do escritor José de Alencar.

Adolescente, Bárbara mudou-se para a então vila do Crato, no Ceará, e casou com o comerciante português, José Gonçalves do Santos. Ela própria o pediu em casamento.

Uma das primeiras mulheres a envolver-se em política, foi presa em Fortaleza em 1817 por participar de movimentos em prol da Independência do Brasil e por ter liderado o movimento que proclamou a República no Crato, uma extensão da Revolução Pernambucana.

Como represália, a corte a manteve presa por quatro anos, transferindo-a para várias prisões em Fortaleza, Recife e Salvador.Homenagens

Considerada a primeira mulher presa política do Brasil, ela ganha a liberdade em 17 de novembro de 1821, por ocasião da Anistia Geral.


Primeira mulher, prisioneira política. Heroína. Após o perdão de Pedro I, Barbara continuou sua luta política em prol de um governo mais justo.

Em 1824, seus três filhos homens entram na luta que se chamou Confederação do Equador e que incendiou as províncias nordestinas. Nesta luta, ela viu morrer dois dos seus filhos, Carlos de Alencar e Tristão Gonçalves de Alencar Araripe.

Bárbara morreu em 28 de agosto de 1832, na fazenda Alecrim, no Piauí, sendo sepultada em Campos Sales.



Em 11 de fevereiro de 2005, foi lançada pelo Centro Cultural Bárbara de Alencar a “Medalha Bárbara de Alencar”. Anualmente, três mulheres, sempre no dia 11 de fevereiro serão agraciadas com o prêmio por suas ações junto a sociedade.

O centro administrativo do Governo do Ceará é batizado de Centro Administrativo Bárbara de Alencar.

Em Fortaleza existe estátua da heroína situada na Praça da Medianeira na Avenida Heráclito Graça próxima ao Ginásio Paulo Sarasate.

Bibliografia

ARAÚJO, Ariadne. Bárbara de Alencar. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha


FONTE
OVERMUNDO
wikipedia





Um comentário:

  1. Nossa história se contada fosse faria de todos brasileiros orgulhosos cidadãos.

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