sábado, 20 de novembro de 2010

20 de novembro: Dia da Consciência Negra no Brasil



O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A semana dentro da qual está esse dia recebe o nome de Semana da Consciência Negra...


DIAMANTE NEGRO
Waldeck Luiz

RAÇA HUMANA
DESTRUIDA
PERSEGUIDA
VENDIDA
EXPLORADA
ESTUPRADA
JOGADA AOS CÃES
FUGITIVA
ROUBADA
ENGANADA
DECAPITADA
MAL INTERPRETADA
VIVA ZUMBI!

Você sabia que dos 5.564 municípios brasileiros, 757 adotam o dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, como feriado, segundo a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial?! E que além dos que decretaram feriado, outros municípios transformaram a data em ponto facultativo?!

Se você quiser conhecer a lista completa ou ver se é feriado na sua cidade ou na cidade vizinha, clique aqui.

20 de novembro: Dia Nacional da Consciência Negra

Atualmente, mais de 700 municípios (relação abaixo) já se sensibilizaram com a luta pela inclusão racial, comemorando a data com festividades específicas. Alguns destes já aderiram ao feriado ou ponto facultativo em homenagem a Zumbi dos Palmares, morto em 1695. Outros têm projeto de lei em andamento ou aguardam decisão judicial. A adesão ao feriado ou instituição de ponto facultativo no Dia da Consciência Negra é decisão legal de cada município e deve ser verificada junto às instituições locais.

No Mato Grosso e no Rio de Janeiro, o feriado é estadual e, em 2008, o Mato Grosso do Sul também tornou o dia feriado em todos os municípios. Já, nos outros estados, cada administração municipal define se é feriado ou não.

Mais do que a questão da folga ou não do trabalho e da escola, o dia da Consciência Negra é uma forma de discutir o assunto da igualdade racial. Foi em janeiro de 2003, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assinou a Lei 10.639, incluindo o dia no calendário escolar. O movimento negro, no entanto, já vinha adotando essa data desde os anos 70. E atualmente, ela é a data nacional para promover fóruns, debates e programações culturais sobre o tema.

Antes, a questão da igualdade racial era discutida no dia 13 de maio, data do aniversário da assinatura da Lei Áurea pela então princesa Isabel que libertou os escravos em 1888.

Vale a pena lembrar que o Brasil foi um dos últimos países no mundo a abolir a escravidão. Já o dia 20 de novembro relembra a morte de Zumbi dos Palmares, que aconteceu muito antes, em 1695.

Para o movimento negro e historiadores do assunto, o assassinato é muito mais emblemático que uma lei adotada quando o regime escravocrata já estava falido.

Zumbi foi um dos principais líderes do Quilombo do Palmares, em Alagoas, uma das áreas usadas pelos escravos quando fugiam do domínio dos senhores de engenho.

As primeiras referências à Palmares são de 1580, na região da Serra da Barriga, onde hoje fica a divisa entre Alagoas e Pernambuco. Há estimativas de que o quilombo durou mais de 100 anos.

O líder do Quilombo dos Palmares no final do século 15 era Ganga Zumba, tio de Zumbi. Em 1678, o governador da Capitania de Pernambuco ofereceu um acordo de paz a Ganga Zumba, que aceitou, mas nem todos concordaram. Aconteceu, então, uma rebelião, liderada por Zumbi, que governou o grupo por 15 anos.

Foram necessárias 18 expedições do governo português, liderados por bandeirantes, para erradicar Palmares. Zumbi adotou uma estratégia de defesa baseada em táticas de guerrilha. Finalmente, os bandeirantes descobriram, através de um delator, o esconderijo de Zumbi.

Em 20 de novembro de 1695, eles mataram Zumbi em uma emboscada. Sem outra liderança, Palmares sobreviveu até 1710, quando se desfez.

Hoje os quilombolas, nome dado atualmente aos descendentes dos moradores dos antigos quilombos, são reconhecidos e suas áreas são demarcadas. Assim, ajudam manter a tradição e a cultura negra.

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