quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Pátria, de Pedro Bruno


A Pátria é um dos quadros históricos mais famosos do Brasil

"A PÁTRIA" - Quadro a óleo de Pedro Bruno - Acervo do Museu da República, Rio de Janeiro; e ilustra muitos livros escolares.

A riqueza de detalhes e o fiel retrato da época contribuem para a importância da obra. A recente proclamação da República inspirava e orgulhava os cidadãos brasileiros e os levava a sonhar com um futuro glorioso para a sua nação.

A arte apresenta mães trabalhando e cuidando de seus filhos em um ambiente familiar dedicadas à confecção de uma bandeira nacional. Um bebê brinca com uma estrela ainda por ser costurada à bandeira enquanto outra criança abraça carinhosamente parte da bandeira simbolizando carinho e o futuro do país.

Já as mulheres representam as mães que exerciam o trabalho de cuidar dos filhos, da casa e ainda auxiliavam no orçamento doméstico com serviços de costura. A tela retrata uma época em que as mulheres ainda nem sonhavam em trabalhar fora.

Com talento também para a poesia, o próprio artista expressou seu objetivo ao pintar a tela. "Eu quis cantar um hino às mães do Brasil; quis prostrar-me aos pés de todas as mães desta terra, cujo leite fecundo é a seiva divina que, alimentando vidas, cria povos construindo pátrias."

Pintor internacionalmente respeitado, o seu famoso quadro, A Pátria, figura no verso da nota de duzentos mil cruzeiros do antigo dinheiro brasileiro e no cartão telefônico da série Museus emitido pela Telebrás em 1996.

Pedro Bruno - o poeta da cor, das árvores e dos pássaros
Pedro Bruno é um capitulo especial na história dos personagens ilustres da Ilha de Paquetá, pois de todos, foi o seu maior expoente. Em tempo algum, jamais alguém fez tanto bem pelo lugar quanto este eterno benfeitor.

Pedro Paulo Bruno, seu nome completo, nasceu na Ilha de Paquetá a 14 de outubro de 1888. Desde menino (com 7 anos de idade) seu brilhante espírito manifestou interesse pelas artes. Gostava de poesia, música e canto lírico, desenho e pintura, escultura, enfim, tudo que era expressão de belo do gênio humano e da Natureza. Dotado de uma sensibilidade artística comparável a dos maiores artistas da história universal, Pedro Bruno também tinha um outro dom que o dignificava: a imensa bondade de seu coração.

Amava tanto a Ilha de Paquetá que a ela dedicou todos os dias de sua vida. Fascinavam-no a natureza exuberante do lugar, suas lendas, suas gentes, seus costumes. Aproveitava todos os momentos para identificar a Mão de Deus quando criou esta Ilha, nos detalhes das flores, no canto dos pássaros, no som das ondas do mar, nas cores da aurora e do crepúsculo, nas matas, nas pedras que circundam a orla paquetaense.

Os pais de Pedro Bruno incentivavam o gênio artístico do filho. Naquela época havia em Paquetá um pintor de nacionalidade italiana cuja maestria na arte de óleo sobre tela o jovem Pedro muito admirava. Castagneto era seu nome. Aproveitando a oportunidade que diariamente o Pintor comparecia ao bar de propriedade de seus pais, Pedro estabeleceu relacionamento com o Pintor e logo oferecia-se para carregar sua paleta, pincéis e cavalete até o lugar onde Castagneto iria pintar e ali ficava a apreciar a técnica da pintura do artista. Logo foi seu discípulo.

Foi com muita emoção que, certo dia, recebeu de presente de seu pai a sua primeira paleta, um jogo de tintas e pincéis e uma tela em branco. Assim, Bruno e Castagneto enchiam cantis com água fresca, levavam merenda e passavam as manhãs a pintar em algum ponto da Ilha.

Assim foi crescendo Pedro Bruno. Como se tivesse sido tocado pelas Musas, queria dar expansão a todo o potencial da genialidade que lhe ebulia na alma, manifestando habilidade para outras artes. Para ele, Paquetá era um Jardim criado por Deus e sentia em si mesmo a missão divina de conservá-lo, embelezá-lo, protegê-lo.

A questão da Preservação Ambiental era por ele tratada com muito mais profundidade do que jamais alguém o fez.Era assunto da mais alta prioridade. Abarcava aspectos não somente no âmbito de florestas e animais, mas também de conservar, aprimorar e enaltecer o ambiente intelectual e artístico do povo paquetaense, como um legado às gerações futuras.

Casou-se com D. Maria Helena Vieira Bruno. O casal teve quatro filhos, Magda, Lia, Hélio e Fábio (este último já falecido) que de seu pai herdaram a imensa bondade do coração e o amor pela Ilha de Paquetá.

Pintor internacionalmente respeitado até o dia de hoje - um de seus famosos quadros, PÁTRIA, figura no verso da nota de duzentos mil cruzeiros do antigo dinheiro brasileiro - deixou-nos mais de 146 obras de pintura de óleo sobre tela.

Fontes:
MEMORIAL

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