sábado, 16 de abril de 2011

Roberto Farias


Gosto muito dos filmes dirigidos por Roberto Farias... e sempre que assisto ou leio algo sobre eles além da constatação do talento que amarra cada detalhe eu me divirto bastante. Fica aqui a sugestão destes filmes para seu final de semana...

Roberto Figueira de Farias (Nova Friburgo, 27 de março de 1932) é um cineasta brasileiro. Diretor, produtor e distribuidor, realizador do clássico: O assalto ao trem pagador (1962). Roberto Farias foi diretor geral da Embrafilme em sua fase áurea, entre 1974 e 1978.

Nascido em 1932, em Nova Friburgo (RJ), começou no início dos anos 1950 como assistente de direção da Atlântida e em algumas produções de Watson Macedo.

Entre 1957 e 1960 realizou quatro longas: Rico ri à toa (1957), seu primeiro filme, No mundo da lua (1958), Cidade ameaçada (1959) e Um candango na Belacap (1960).

Em 1964 dirigiu Selva trágica (1964), que teve sucesso de crítica. ComToda donzela tem um pai que é uma fera (1966) fez um marco das comédias de costume carioca. Ao mesmo tempo que, com Luiz Carlos Barreto, ajudou a fundar a Difilm distribuidora do Cinema Novo, dedicou-se também à sua própria produtora, a R. F. Farias, junto com seu irmão Riva Faria, e à Ipanema Filmes, uma usina de sucessos, como: Os paqueras (1968), Roberto Carlos e o diamante cor de rosa (1968) e Roberto Carlos a 300 quilômetros por hora (1971), todos estes dirigidos pelo próprio Roberto Farias.

Em 1973 realizou com Hector Babenco O fabuloso Fittipaldi. Seja na iniciativa privada ou em cargos públicos, sempre teve como meta a ocupação do mercado brasileiro pelo filme nacional, bem como sua projeção internacional.

Sua gestão na Embrafilme e no Concine coincide com o período de maior público do filme nacional em relação ao produto estrangeiro, quando a distribuidora da Embrafilme foi líder do mercado durante três anos seguidos.

Em 1981, dirigiu Pra frente Brasil, primeiro filme a falar explicitamente da tortura na ditadura militar, premiado nos festivais de Berlim e Huelva.

Produziu ainda Azyllo muito louco (1968), de Nelson Pereira dos Santos, Os machões (1973) e Barra pesada (1977), ambos de seu irmão Reginaldo Faria, entre outros.

Em cinema, seu filme mais recente foi Os trapalhões e o Auto da Compadecida (1987). Nos últimos anos tem se dedicado à produção de minisséries e programas para televisão.

NO MUNDO DA LUA
George Green canta "Banana Boat Song / Day-O"
no filme "No Mundo da Lua" (1958 - dir. Roberto Farias).


"No Mundo da Lua", um dos primeiros trabalhos do cineasta Roberto Farias - reunia os talentos cômicos de Walter D'Avila, Violeta Ferraz, Consuelo Leandro e Nancy Wanderley. O cantor norte-americano George Green, esteve no Rio de Janeiro em 1958, e se apresentou em diversas boites e casas de espetáculo com grande sucesso. George tinha uma performance curiosa, e chamava atenção por cantar canções de gêneros em plena ascenção aqui no Brasil, o rock e o 'calypso'. No vídeo, ele aparece cantando "Banana Boat Song", uma tradicional musical jamaicana.

UM CANDANGO NA BELACAP
Sonia Delfino Um candango na belacap


O ASSALTO AO TREM PAGADOR
Tião Medonho e Grilo - O Assalto ao Trem Pagador




RICO RI À TOA
Zé Gonzaga e Marinês e sua Gente

Zé Gonzaga e Marinês cantando no filme Rico Ri à Toa, em 1957, com direção de Roberto Farias.



Um dos raros registros de imagem da cantora Dolores Duran, uma das mais célebres da noite carioca nos anos 50. Número musical do filme "Rico Ri à Toa" (1957 / dir. Roberto Farias).

UM POUCO MAIS SOBRE ROBERTO FARIAS

Irmão do ator Reginaldo Faria, teve um "s" adicionado ao seu sobrenome por erro do cartório. A mãe dele levava-o ainda bebê quando ia ao cinema. Entre uma mamadeira e outra, foi seu primeiro contato com o que se passava na tela. Aos 8 anos montava um "cineminha" na sua casa usando caixas de sapatos. Do cinema para a fotografia foi um pulo fácil e ele veio de Friburgo para cursar Belas Artes no Rio de Janeiroou fazer Arquitetura, mas seu destino e preferência sempre foi o cinema. Em toda a sua carreira, Roberto foi assistente, montador, roteirista, produtor e distribuidor, mas nunca foi ator.

O começo foi na Companhia Atlântida para onde foi levado por Watson Macedo para ser assistente de direção. A estréia foi no drama Maior que o Ódio, dirigido por José Carlos Burle. Fez quase 10 filmes como assistente de direção ou de produção até estrear como diretor em 1957 com Rico Ri à Toa, uma chanchada estrelada por Zé Trindade onde além de dirigir ele também foi o autor do roteiro e dos diálogos.

Em 1960, com o policial Cidade Ameaçada, ganhou vários prêmios e se tornou um dos mais respeitados cineastas brasileiros, posição que ele viria a sacramentar com Assalto ao Trem Pagador, em 1962.

Na década de 1960 fundou com os irmãos a produtora R.F.Farias, uma das mais importantes do país. Ele se tornou um diretor popular ao filmar a trilogia de filmes com Roberto Carlos, que começou em 1968 com Roberto Carlos em Ritmo de Aventura e terminou em 1971 com A 300 km por hora.

Roberto também foi presidente do Sindicato Nacional da Indústria Cinematográfica e o primeiro cineasta a dirigir a Embrafilme. Na [TV Globo] fez em, 1965, "Câmara Indiscreta" mais tarde dirigiu as minisséries: A Máfia no Brasil; As Noivas de Copacabana; Contos de Verão e Memorial de Maria Moura, além dos programas: "Você Decide", "Brava Gente", "Sob Nova Direção" e "Faça a Sua História".

  • Atuação no cinema
1986 - Os Trapalhões no Auto da Compadecida
1982 - Pra frente, Brasil
1973 - O Fabuloso Fittipaldi (documentário)
1971 - Roberto Carlos a 300 Quilômetros por Hora
1970 - Roberto Carlos e o Diamante Cor-de-Rosa
1968 - Roberto Carlos em Ritmo de Aventura
1966 - Toda Donzela Tem um Pai que É uma Fera
1963 - Selva Trágica
1962 - Assalto ao Trem Pagador
1961 - Um Candango na Belacap
1960 - Cidade Ameaçada
1958 - No Mundo da Lua
1957 - Rico Ri à Toa

  • Atuação na televisão
1984 - A Máfia no Brasil
1992 - As Noivas de Copacabana
1993 - Contos de Verão
1993 - Menino do Engenho
1994 - Memorial de Maria Moura
1995 - Decadência

  • Prêmios

Kikito de melhor filme no Festival de Gramado por Pra Frente, Brasil, em 1982.
Kikito de melhor montagem no Festival de Gramado por Pra Frente, Brasil, em 1982.
Prêmio Ofício Católico Internacional no Festival de Berlim por Pra Frente, Brasil, em 1982.
Prêmio C.I.C.A.E. de melhor filme, no Festival de Berlim por Pra Frente, Brasil.
Prêmio da Crítica no Festival Íbero-Americano de Huelva, por Pra Frente, Brasil.
Prêmio do Centro Cine Alex Vianny por Pra frente, Brasil, em 1982.
Prêmio de melhor filme no Festival de Goiânia por Toda donzela tem um pai que é uma fera, em 1966.
Prêmio de melhor filme no Festival de Arte Negra do Senegal, por Assalto ao trem pagador, em 1962.
Prêmio de melhor filme no Festival da Bahia por Assalto ao trem pagador, em 1962.
Prêmio Saci de melhor roteiro, conferido pelo jornal O Estado de São Paulo, por Assalto ao trem pagador, em 1962.
Prêmio Valores Humanos no II Festival de Arte Cinematográfica de Lisboa, por Assalto ao trem pagador, em 1962.
Prêmio de melhor filme e melhor diretor no Festival de Marília, por Cidade ameaçada, em 1960.
Prêmio Tribunascope e Prêmio Governador do Estado de São Paulo de melhor filme por Cidade ameaçada, em 1960.
Prêmio Governador do Estado de São Paulo de melhor diretor, por Cidade ameaçada, em 1960.

FONTE


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